O governador Silval Barbosa (PMDB) já se prepara para atrair investidores para Mato Grosso com a Copa do Mundo. Segundo o peemedebista, alguns empresários já demonstraram interesse pelo cenário econômico do Estado. 

Para o chefe do Executivo, os investimentos em Cuiabá e Várzea Grande – que receberam a maior parte das obras voltadas ao Mundial – também devem ajudar a “vender” um Mato Grosso mais moderno e atrativo para determinados segmentos empresariais. \"Estive, recentemente, com o dono da Samsung falando sobre Mato Grosso e seus potenciais empresariais. Ele me disse que trará um grupo de empresário para Mato Grosso na Copa e, como sabemos, empresários não viajam apenas para passear, sempre estão a trabalho. Então, esperamos que a Copa abra um leque de oportunidades para nós\", afirma. 

O Estado, entretanto, não estará preparado como o planejado para receber os quatro jogos do Mundial. O próprio governo já admite que algumas obras não ficarão prontas até o início do campeonato. A principal delas é o Veículo Leve sobe Trilhos (VLT). 

Silval evitar falar sobre o assunto. Para ele, a população deve pensar no legado e não no campeonato. Ele alega que um dos fatores que tem gerado atrasos nas entregas é a qualidade do serviço prestado pelas empreiteiras contratadas. “Eu não vou aceitar obras de má qualidade. Por isso, todas as obras que contratamos têm garantia de cinco anos. Qualquer defeito que elas apresentem deverá ser corrigido pelas próprias empresas, com custo próprio delas”, garante. 

O governador afirma ainda que a grande maioria das intervenções não faz parte da Matriz de Responsabilidade da Fifa, ou seja, não têm a obrigação de ficarem prontas até a Copa. “Das tantas obras que estamos realizando, apenas seis são por causa da Copa do Mundo. Eu aproveitei a oportunidade para fazer uma verdadeira transformação na região metropolitana de Cuiabá. Mas, infelizmente, nem tudo sai no tempo que você planeja. Aí, vendem isso para fora como a coisa mais negativa do mundo, quando, na verdade, é um legado que fica”, desabafa o peemedebista.