Economia

Terça-Feira, 15 de Abril de 2025, 21h55

CRISE NO CAMPO

Grupo em MT culpa excesso de chuvas e entra em recuperação de R$ 31 milhões

Organização iniciou atuação há 12 anos

DIEGO FREDERICI

Da Redação

 

A 4ª Vara Cível de Sinop (501 Km de Cuiabá) autorizou o início do processo de recuperação judicial do Grupo Gonzatto, formado por uma família de produtores de grãos que atuam nas cidades de Cláudia e Itaúba, no norte de Mato Grosso. As dívidas acumuladas são de R$ 31,2 milhões.

Nos autos, a organização conta que é tocada por produtores de origem do Rio Grande do Sul e que no ano 2000 se mudaram para Mato Grosso. Porém, somente em 2013, iniciaram suas atividades como empresários do campo.

O processo aponta que o clima - ora seco, ora com excesso de chuvas -, é o principal responsável pela crise enfrentada nas últimas safras. “A crise econômico-financeira decorreu de uma sucessão de fatores adversos, tais como secas severas, excesso de chuvas e queda abrupta no preço da soja, que comprometeram a produtividade e reduziram drasticamente as margens de lucro, culminando em endividamento elevado”, relata a empresa.

O Grupo Gonzatto também revela que busca alternativas administrativas para superação da crise, incluindo outros modelos de negócios fora do tradicional barter. De inglês “troca” ou “permuta”, o barter consiste no pagamento de empréstimos e financiamentos, tomados por produtores rurais, por meio de parte da produção, como soja, milho etc.

Com o início do processo, o Grupo Gonzatto fica “blindado” (stay period) de ações de execução (cobranças judiciais) das dívidas concursais arroladas na recuperação. Os produtores rurais devem apresentar seu plano de recuperação judicial - ou seja, a proposta de pagamentos dos débitos -, em até 60 dias. Em caso de discordância dos credores, uma assembleia dos que cobram suas dívidas é convocada para discutir o futuro da organização.

CREDORES 

Capital Comercial Eletronica Ltda ME R$280,00;

Sharon Matiello ME R$3.100,00; 

CLASSE TRABALHISTA: Adeilson

Severaino dos Santos R$3.899,83; 

Gabriel Tobias Pereira R$9.610,39;

ldemilson Francisco da Silva Tavares R$6.396,45; 

Itamar da Silva R$5.730,10; 

CLASSE QUIROGRAFÁRIA: 

Algacr Bnjamin Balen R$12.000,00; 

Banco Cooperativo Sicredi S/A R$5.228.594,75; 

José Rafael Betoni R$500.000,00; 

CLASSE GARANTIA REAL: 

Banco Cooperativo Sicredi S/A R$3.703.737,46; 

Banco do Brasil S/A R$8.299.705,93; 

Flavio Carlos Bonato Filho R$2.010.000,00; 

Safras Armazens Gerais Ltda R$1.569.600,00; 

EXTRACONCURSAL: 

Banco CNH Industrial Capital S/A R$6.780.122,74; 

Banco Cooperativo Sicredi S/A R$4.136.291,57; 

Banco De Lage Landen Brasil S/A R$697.578,10; 

Banco John Deere S/ A R$4.670.217,30.

Comentários (4)

  • José Oliveira  |  16/04/2025 12:12:49

    Kkkkkk e ainda dizem que é o agro que sustenta o Brasil? é o contrário o Brasil é que sustenta o agro....e PROAGRO, é recuperação judicial é financiamento de plantio com juros de pai pra filho, porque nao passam essas regalias todas para bancar o comércio que gera muito mais emprego

  • cmte Apoitia |  16/04/2025 07:07:48

    Nasi,voce é um super babaca, sempre dependeu do publico mas agora diz que não faz questão. imbecil

  • Aldo  |  16/04/2025 06:06:18

    O povo brasileiro sempre pagando a conta, se tem seca, chuva, frio, calor, pandemia de covid, etc, etc, etc, tudo é motivo para não pagar as contas. Quando um pobre, ou uma pessoa de classe média não paga suas contas os bancos tomam o carro, a casa, tudo o que ele tem.

  • João Cuiabano  |  15/04/2025 22:10:20

    Novamente a notícia dando conta que capitalistas utilizam os benefícios da socialista lei de recuperação judicial para distribuir prejuízos após embolsarem os lucros de milionários financiamentos subsidiados com juros de 6% ao ano. É a Pátria Amada dos Patriotas Capitalistas!

Confira também: Veja Todas