Sábado, 10 de Maio de 2025, 13h15
RJ DE 67 MILHÕES
Juiz prorroga blindagem de empresa de ônibus alvo de operação em MT
Viação Juína fez parte de grupo que tentava boicotar licitação
DIEGO FREDERICI
Da Redação
O juiz da 1ª Vara Cível de Cuiabá, Marcio Aparecido Guedes, estendeu o chamado “período de blindagem” da Viação Juína - empresa que realiza o transporte rodoviário de passageiros em Mato Grosso e que move um processo de recuperação judicial acumulando dívidas de R$ 67,3 milhões.
No processo, a Viação Juína ingressou com um pedido para estender, por mais 180 dias, o período de blindagem - denominado “stay period", quando empresas em recuperação não podem ser acionadas no Poder Judiciário por dívidas informadas em seu processo.
Inicialmente o stay period tem duração de 180 dias, mas pode ser prorrogado a depender da colaboração da empresa em crise no processo de recuperação judicial.
Na decisão, o juiz Marcio Aparecido Guedes revelou que a Viação Juína não teve responsabilidade pelo atraso da realização de um dos principais atos de um processo de recuperação judicial - a “assembleia geral de credores” -, assim, a empresa faz jus à prorrogação do período de blindagem.
“Não há qualquer indicativo de inércia ou culpa das empresas devedoras pelo atraso no andamento processual. Pelo contrário, observa-se o cumprimento tempestivo de todas as etapas processuais, inclusive a apresentação do plano de recuperação judicial e o acompanhamento da atualização da lista de credores pelo administrador judicial. Verifica-se, ainda, que a assembleia geral de credores (AGC) ainda não foi convocada, tornando incompatível a retomada de atos de constrição patrimonial neste momento”, entendeu o juiz.
A Viação Juína foi um dos alvos da operação “Rota Final”, do Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco), que revelou um verdadeiro lobby entre políticos e empresários mato-grossenses para “barrar” a concessão do transporte intermunicipal de passageiros em Mato Grosso.
Sem regras impostas pelo Poder Público (concessão), as viações de ônibus basicamente “fazem o que querem” na prestação do serviço, uma vez que mantêm apenas contratos precários com a administração pública, sem estudos fundamentados.
Segundo estudo do Governo do Estado, a concessão do transporte rodoviário de passageiros, que está em andamento, tem previsão de faturamento bruto de mais de R$ 11 bilhões ao longo de 20 anos.
Rodrigo | 10/05/2025 17:05:40
SÓ ROLO
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