Realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e divulgada pela Fecomércio-MT, nesta segunda-feira (25), a pesquisa que mede a Intenção de Consumo das Famílias (ICF), em Cuiabá, teve retração de 4,5% no mês de março e atingiu 83,6 pontos, contra 87,5 pontos em fevereiro e queda de 0,5% na comparação com março de 2018, quando somava 84,1 pontos.

Nas famílias que recebem até 10 salários mínimos, a redução na intenção de consumo foi de 5,5% no mês, atingindo 80,6 pontos. Já nas famílias que recebem acima disso, houve alta de 2,7% na pesquisa, chegando a 110,5 pontos.

Em todos os componentes da pesquisa, observou-se queda mensal na capacidade de consumo, atual e de curto prazo, nível de renda doméstico, segurança no emprego e qualidade de consumo, presente e futuro, do consumidor.

Condição de consumo

O Nível de Consumo Atual apresentou retração de 6,5% na variação mensal e acumulou queda de 12,6% nos últimos 13 meses, contabilizando 58,9 pontos. Apesar das melhoras observadas nas pesquisas anteriores, o consultor econômico-tributário da Fecomércio-MT, Múcio Ribas, mostra que o índice se encontra bem abaixo do nível de satisfação por parte do consumidor.  

“A pontuação atual (83,6), abaixo de 100 pontos, indica um grau de insatisfação para o consumidor na hora de adquirir produtos e serviços, explicou Múcio Ribas.

Compras a prazo

O Acesso ao Crédito também apresentou variação mensal negativa de 4,9%, somando 78,5 pontos. No entanto, o índice permaneceu praticamente estável, registrando pequena variação positiva de 0,2% na comparação com o mesmo período do ano passado. 

Múcio Ribas acrescentou que o atual momento ainda exige cautela por parte do consumidor, que aguarda a implementação das reformas e do ambiente mais apropriado para investimentos. Ele disse também que, embora o registro de empregos foi positivo nos últimos meses, o número de desempregados, ainda elevado, segura os indicadores da pesquisa em níveis de insatisfação, podendo vir a melhorar nos próximos meses”.