Segunda-Feira, 09 de Julho de 2018, 15h39
Mato Grosso pode colher 20% a mais nas atuais áreas plantadas
Da Redação
O manejo correto da fertilidade dos solos mato-grossenses, com suas características peculiares, pode e deve resultar num incremento de 10% a 20% na produtividade dos talhões de soja. Dados oficiais apontam que Mato Grosso produziu 31,8 milhões de toneladas do grão na safra 2017/2018. Com um manejo tecnicamente mais adequado e assertivo, essa produção, que já projeta o Estado como o número 1 do Brasil, pode se elevar para o patamar de 35 milhões de sacas nas atuais áreas plantadas.
Isso porque análises empreendidas pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) apontam que a produtividade média de soja registrada nos últimos anos, de 54 sacas por hectare, tem campo para subir para 60 sacas/ha. Um dos fatores decisivos para que esse ganho potencial se efetive em superávit no bolso dos sojicultores passa pelo incremento na utilização do calcário nas lavouras mato-grossenses.
A aplicação de calcário, a chamada calagem, é usada para corrigir solos naturalmente ácidos, como é o caso de Mato Grosso, onde o cerrado impera nos principais polos produtores. O baixo custo desse insumo agrícola gera boa resposta para a agricultura, tornando o insumo fundamental ao agregar uma série de benefícios ao empresário rural, incluindo a melhora no aumento do pH do solo, neutralização do alumínio toxico e fonte de cálcio e magnésio.
A acidez do solo mitiga a absorção do fósforo pelas plantas - principal nutriente para o processo vital das culturas. Um solo considerado com pH equilibrado apresenta um índice na faixa de 6,5. A calagem em doses adequadas, quando corrige o solo ácido, possibilita condições favoráveis para o desenvolvimento das plantas, proporcionando melhor aproveitamento dos nutrientes disponíveis. Com a calagem, o fósforo (que tem um alto custo na planilha de produção), torna-se 90% disponível, contra apenas 50% disponível nas aferições feitas em solos de pH 5,5, índice considerado baixo.
Hoje, alguns produtores rurais com atividades em Mato Grosso já conseguem obter uma média de produtividade de 60 a 65 sacas/há, utilizando boas práticas de manejo de solo, enquanto uma grande parte dos agricultores alcança resultados abaixo de 50 sacas/ha.
Pesquisa da Universidade Federal de Mato Grosso, campus de Sinop, reforça que a aplicação de calcário nas lavouras aumenta a produtividade e a renda dos sojicultores. O estudo é liderado pelo professor doutor e pesquisador Anderson Lange. “Não adianta ter uma variedade de soja de ótima qualidade se o alimento para ela for deficitário”, destaca o pesquisador, engenheiro agrônomo por formação.
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