Terça-Feira, 02 de Junho de 2020, 16h03
CRISE DA PANDEMIA
MT alerta que está perdendo "gordura financeira"; R$ 1,3 bi da União salvará contas
Rogério Gallo destacou que Estado teve que abrir mão de ações de cobrança de recursos da União para poder receber socorro financeiro
LIDIANE MORAES
Da Redação
O secretário de Estado de Fazenda, Rogério Gallo, afirmou nesta terça-feira que o Estado perdeu R$ 195 milhões em arrecadação de ICMS, somente no mês de maio. No mês de abril, a perda com o imposto foi de R$ 150 milhões.
Por outro lado, Mato Grosso deve receber R$ 1,3 bilhões da União, dentro do pacote financeiro de apoio aos estados e municípios, em razão das medidas de isolamento adotadas para conter a expansão do coronavírus. Porém, segundo o secretário, embora a ajuda seja importante, é preciso prudência.
“Comemoramos com muito comedimento porque sabemos que os impactos da economia não são passíveis de serem mensurados. Não sabemos como vamos terminar o ano, pois se as perdas se prorrogarem até o final do ano, nós perdemos mais do que o valor disponibilizado pela União, em quatro parcelas”, comentou Gallo, em entrevista a TV Vila Real.
Para receber o recurso, o Estado teve que desistir de algumas ações financeiras que estava movendo contra o Governo Federal. Entretanto, a ação que se refere à compra de respiradores para abastecer as Unidades de Terapia Intensiva (UTI) será mantida porque não é uma rusga diretamente ligada à economia.
“Se não desistirmos das ações, não recebemos o recurso. Mas, entramos em contato com o Tesouro Nacional e as únicas ações que devemos desistir são àquelas que têm conteúdo fiscal, para suspender dívidas ou exigir dinheiro da União”, explicou o secretário sem, no entanto, informar o valor que o Estado estava cobrando da União nas esferas judiciais.
Por outro lado, os números apontam que de janeiro a maio a arrecadação aumentou R$ 500 milhões se comparada ao mesmo período do ano passado. “Isso foi possível porque o Governo do Estado fez o ‘dever de casa’, aprovando leis que contiveram a despesas públicas, que vinham crescendo de modo descontrolado ao longo de 10 anos”, explicou o secretário, detalhando que, caso não ocorresse a pandemia, o Estado apresentaria crescimento “a nível chinês”.
Segundo ele, aumentar a receita também foi possível porque o Estado enfrentou alguns setores cortando privilégios de poucas grandes empresas e isso fez com que houvesse melhoria na arrecadação. “No entanto, estamos perdendo gordura rápido demais, estamos perdendo a reserva muito rapidamente. Terminaríamos o ano com recurso para fazer mais investimentos, mas com as quedas sequentes não sabemos como ficaremos”, declarou.
Gallo alertou ainda que além a queda do ICMS, é preciso considerar reduções na arrecadação do IPVA, fundo de participação dos estados e outras perdas que compõem a receita tributária. “Focamos muito no ICMS porque está ligado ao nível de atividade econômica do comércio, da indústria e agropecuária”, explicou.
Segundo ele, o governo está otimista com o fechamento financeiro de 2020, mas de forma comedida. Segundo ele, não há como dizer que o recurso enviado pelo Governo Federal irá repor todas as perdas.
“Temos empresas que fecharam por causa da pandemia e não estão reabrindo mais. Conseguimos manter a economia nestes quatro meses, mas ainda temos sete meses para concluir o ano, é preciso que os ‘cintos’ estejam bem apertados no controle do gasto público”, afirmou.
alexandre | 02/06/2020 16:04:47
Corta despesas nos Poderes...
analista social | 02/06/2020 16:04:23
esse individuo esqueceu de dizer na entrevista que o superávit que ele diz que o estado construiu desde o ano passado foi graças ao sacrificio da vida dos servidores públicos, que no atual governo vem perdendo direitos históricos. e com certeza essa conta será paga nas próximas eleições senhor secretário, pode ter certeza que os servidores estão ansiosos pelas próximas eleições e poder retribuir os prejuizos acumulados, que o atual governo insiste em contar a estória maquiada pelo discurso enganoso como superávit forjado no sangue, suor e lágrimas dos servidores publicos.
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