A cesta básica de Cuiabá foi a mais cara do Centro-Oeste, em setembro e manteve a sexta posição do país. No mês passado, os 13 produtos que compõem os itens básicos da alimentação somaram R$ 310,51, 6% mais caro que em igual momento do ano passado e sem alteração em relação a agosto. A alta foi puxada pela carne, pelo tomate e pela banana, com altas de 20%, 46% e 16%, respectivamente.

Com os alimentos em R$ 310,51, a capital mato-grossense fica com o 6º maior valor para o conjunto básico de alimentos, atrás de Florianópolis, a mais cara em setembro (R$ 340,76), São Paulo (R$ 333,12), Vitória (R$ 328,33), Porto Alegre (R$ 327,65), Rio de Janeiro (R$ 326,78). No Centro-Oeste, Mato Grosso teve a cesta mais cara no mês passado, R$ 310,5, seguido de Brasília (R$ 300,54), Campo Grande (R$ 285,02) e Goiânia (R$ 279,95). 

O valor da cesta básica, em Cuiabá, foi calculado pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) e publicado na última segunda-feira (27), no relatório mensal de ‘Conjuntura Econômica’. O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) realiza a pesquisa mensal de preços em 18 capitais brasileiras, mas não incluiu Cuiabá. O Departamento apura além das grandes metrópoles todas as capitais da região Centro-Oeste, Goiânia, Brasília e Campo Grande. Como o Imea avalia o comportamento dos preços dos mesmos itens do Diesse - carne, leite, feijão, arroz, farinha, batata, tomate, pão, café, banana, açúcar, óleo e manteiga – é possível inserir Cuiabá no ranking nacional. 

Como apontam os analistas do Imea, a cesta básica, que custava em janeiro de 2014 R$ 299,93, teve seu maior valor em maio, alcançando R$ 345,76, e após algumas baixas, em setembro chegou a R$ 310,51. No acumulado do ano, o aumento foi de R$ 10,58 (3,5%). O item que mais contribuiu para esta elevação no indicador foi o grupo das carnes, que passou de R$ 105,4 em janeiro para R$ 119,12 em setembro, alta de 13%. “O incremento está relacionado à demanda interna que tem se mantido firme e ao aumento das exportações”. 

O segundo item que mais valorizou nesse período foi o tomate, de R$ 31,63 a caixa para R$ 42,35, aumento de R$ 5,44, ou 17,2%. Já a batata apresentou a maior baixa neste ano, 21,7%, devido à antecipação da colheita e ao aumento da oferta. “Para outubro, não são esperadas grandes variações em nenhum dos itens da cesta básica”, acreditam os analistas. 

ALIMENTOS - Dos 13 itens, oito tiveram alta em relação a setembro do ano passado – carne, arroz, farinha, tomate, café, banana, açúcar e o óleo – e cinco deflacionaram, leite, feijão, batata, pão francês e manteiga. 

Somente na variação mensal, o grupo carnes teve elevação de 5% em Cuiabá. De setembro de 2013 a setembro desse ano, o item passou de um desembolso mensal de R$ 99,4 até atingir R$ 119,1, valor que representa quase 40% do total despendido para aquisição da cesta, em setembro.