Sexta-Feira, 31 de Julho de 2015, 17h45
Produtores rurais reivindicam manutenção da alíquota da venda de boi vivo
Da Redação
Uma reunião nesta quinta-feira, 30/07, entre 20 presidentes de sindicatos rurais e o governo debateu os preços da alíquota dos impostos para a venda do boi vivo fora do Mato Grosso. O recente fechamento dos frigoríficos na região Sudoeste do Estado, como o Minerva Foods, que demitiu 701 funcionários em Mirassol D`Oeste, também foi um dos focos do encontro. Desde 2014 foram fechados mais de 18 frigoríficos e restam hoje apenas 22 plantas no Mato Grosso.
Os produtores rurais contestam a principal justificativa do setor privado para as demissões e a retração do mercado: a ausência de bois. “Pode existir uma crise nacional que reduziu o consumo, porém não há falta de gado, pelo contrário. Estamos conseguindo manter um fornecimento de bois com um prazo de até 15 dias para o abate, isso significa que existe muito estoque de gado nos abatedouros”, explica Alessandro Casado, presidente do Sindicato Rural de São José dos Quatro Marcos.
O debate sobre o rebanho bovino embala outra discussão entre os produtores e o setor privado: a alíquota do imposto cobrado para a venda de gado para outros Estados. Os frigoríficos fizeram uma proposta para que essa venda ocorra com uma alíquota maior para impedir que os produtores vendessem o boi vivo para frigoríficos de outras regiões. Os produtores rurais contestam que essa venda tenha reduzido o gado destinado para as plantas frigoríficas do Mato Grosso.
“Os próprios dados do governo mostram que a comercialização do boi vivo está abaixo da média dos últimos anos. Essa justificativa para se subir a alíquota não procede”, explica Casado.
Segundo dados do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (IMEA), a venda de boi vivo está com a menor percentagem histórica. Nos últimos anos, a venda para outras regiões estava em 5,3% do gado comercializado. Hoje esses números estão em 2,3%.
“É importante que o governo apoie os produtores. Em Cáceres, por exemplo, a economia da município ainda tem a pecuária como sua principal atividade”, afirma o presidente dos Sindicato Rural de Cáceres, Márcio Lacerda. “O impacto das decisões do setor privado são enormes nas cidades do Sudoeste”.
Também participaram da reunião Carlos Fávaro - o vice-governador, Rui Prado - presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Mato Grosso (Famato), Guilherme Linares Nolasco - presidente do Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso (Indea) e 20 presidentes de sindicatos rurais do Estado.
Credores vão decidir se aceitam plano de produtor que deve R$ 16 milhões
Sábado, 10.05.2025 16h12
Dia das Mães deve movimentar R$ 395 milhões no comércio de MT
Sábado, 10.05.2025 15h23
Governo fortalece pequenos agricultores
Sábado, 10.05.2025 15h08
Juiz prorroga blindagem de empresa de ônibus alvo de operação em MT
Sábado, 10.05.2025 13h15
Circuito Aprosoja encerra primeira semana na região Sul
Sábado, 10.05.2025 11h30