Economia

Sexta-Feira, 09 de Maio de 2025, 11h05

EMPRÉSTIMOS

TCE investiga superendividamento de servidores de MT com consignados

Servidor com salário de R$ 12 mil recebe R$ 500; limite é 35%

Da Redação

 

O Tribunal de Contas de Mato Grosso (TCE-MT) deu prazo de 15 dias úteis para que o Governo do Estado encaminhe informações detalhadas sobre operações de crédito consignado e descontos realizados diretamente na folha de pagamento dos servidores públicos estaduais. Os dados subsidiarão auditoria anunciada pelo presidente do órgão, conselheiro Sérgio Ricardo, para apurar o índice de endividamento no serviço público e eventuais irregularidades nas concessões de crédito.

"O máximo que se pode emprestar para fazer o consignado é 35%, mas tem gente emprestando mais e o servidor às vezes precisa e pega. Tem gente que ganha R$ 12 mil e está recebendo R$ 500 por mês. Então, a malandragem está em quem empresta mais do que é permitido por lei. Eu não culpo quem pega o dinheiro, eu culpo quem autoriza e quem cobra na conta. A fiscalização vai identificar as instituições financeiras, sindicatos ou outras entidades que estão operando esses descontos irregulares", afirmou o presidente. 

Entre as informações requeridas no ofício, que foi encaminhado ao Executivo Estadual no dia 25 de abril, estão a relação nominal dos servidores com descontos em folha, a identificação das instituições financeiras autorizadas a operar no estado, os valores arrecadados com essas operações e os contratos firmados entre o governo e as entidades envolvidas. Os dados solicitados pelo TCE-MT ajudarão a mostrar como essas relações contratuais têm sido estabelecidas e se há dispositivos legais sendo descumpridos, especialmente nos repasses a entidades privadas que operam diretamente na folha de pagamento.

“Nosso papel é garantir que a lei seja cumprida e que os servidores não sejam vítimas de abusos por parte de quem deveria atuar com responsabilidade. Essa auditoria não tem como foco punir o trabalhador que recorre ao crédito, mas sim identificar e responsabilizar quem está emprestando além do limite legal e comprometendo a renda de famílias inteiras”, concluiu Sérgio Ricardo.

Comentários (13)

  • EMANUELLY VIEIRA  |  09/05/2025 16:04:17

    Fora as revisões que perdemos pagamos mais imposto de renda que um empresário. Precisa atualizar as tabelas de desconto, estamos sendo brutalmente tungados mês a mês. Esse dinheiro descontado dos infelizes servidores volta par o governador fazer propaganda do estado "riquíssimo" que administra. As custas dos 14% dos aposentados, servidores superendividados pagando fortunas de imposto de renda. Que mérito isso tem???

  • Cuiabano  |  09/05/2025 14:02:38

    Se esse governador tivesse dando o RGA atrasado acho que os servidores não estaria indevidado ate pq as coisas sobe todo dia ou semana e mes e o ultimo aumento que tiveram foi em 2014 infelizmente e esse esta a oito anos e nada mal paga o RGA do ano abaixo da inflação.

  • Anderson |  09/05/2025 13:01:33

    E preciso verificar também que instituições negam fornecer saldo para quitação e não divulgam os contatos para que as pessoas liguem e solicitem boletos de quitação com uma forma perpétua de pagamento de juros, evitando a quitação do saldo principal.

  • Elizeu  |  09/05/2025 13:01:16

    Estou pronto pra levar meu demostrativo, pra iniciar as investigações.

  • Nascimento |  09/05/2025 12:12:37

    O Maior problema é que os contratos são administrados pelas operadores sem qualquer documentação ao servidor, que fica sem qualquer controle.

  • Contribuinte |  09/05/2025 12:12:28

    Com congelamento de salário 02 anos de Taques, 02 anos de Bolsonaro com a pandemia, inflações corroendo salário... Difícil não se endividar. Servidor Público não tem BNDS com 03 a 05 anos de carência, não pode por sí só aumentar o salário conforme o IPCA ou SELIC. Se endivida porque o governo não paga 20% de RGA atrasado. Não para 11,98% de URV já ganho na justiça... Ou seja, são mais de 35% que o governo meteu a mão no salário do servidor...

  • Patrícia  |  09/05/2025 12:12:17

    Já deveria suspender os descontos até analise completa.

  • Luciano |  09/05/2025 12:12:09

    Isso é querer jogar pra galera. Faz muitos anos que essas empresas de consignados "perseguem" servidores públicos oferecendo dinheiro pra ser descontado em folha. Quem é fraco cai na lábia deles com facilidade. Tem operadora que chega a oferecer brindes pra levar o servidor para o abismo das dívidas. Depois de uns 20 anos, o Sérgio Ricardo se deu conta disso.

  • Pedro |  09/05/2025 12:12:01

    O Governo do Estado deveria proteger os servidores e fiscalizar essas operações, mas não faz, pelo contrario, faz é permitir legal que os dados dos servidores seja repassados para as empresas, e assim perturbarem o tempo todo por telefone oferecendo emprestimos. Só se chegou nesse ponto porque um sindicado atuante descobriu e denunciou.

  • ricardo |  09/05/2025 11:11:53

    Trabalhava só para pagar empréstimo, ganhava razoavelmente bem e era atolado em dividas, peitei e pedi aposentadoria, vi um outro mundo, hoje não pago empréstimo, tenho investido no ramo imobiliário e descobri que o servidor fica cego por dinheiro rápido e vai se afundando. Optei por um segunda opção, graças a Deus recuperei minha vida e minha saúde. Não e fácil, é guerra.!!

  • Efa Forte |  09/05/2025 11:11:33

    Infelizmente essa é a realidade dos servidores públicos do estado de Mato Grosso, pois vivem de empréstimo em cima de empréstimos e os leva a quase falência. E de quem é a culpa. O principal culpado é o próprio servidor que não possui uma organização financeira efetiva e o coator é o próprio governo que nos últimos anos não pagou todas as revisões previstas, ocasionando degradação financeira dos servidores, mesmo o estado tendo sua receita cada vez maior. É POR ISSO QUE DIGO: Empresário gestor gosta de dinheiro e não de gente.

  • FUNCIONARIO PÚBLICO |  09/05/2025 11:11:31

    PARABENS BELISSIMO TRABALHOA MUITOS ABUSOS REFERENTE AOS CONSIGUINADOS

  • joão s filho |  09/05/2025 11:11:27

    Me parece que, quando a instituição financeira concede o empréstimo ao servidor público, após concluir a negociação com o mesmo, deve procurar a fonte pagadora dos proventos para, então, averbar as parcelas vincendas no contracheque do trabalhador. Ora, será que os órgãos administrativos que administram os pagamentos dos servidores, na hora da averbação dos descontos, não têm meios de verificar que aquele servidor já comprometeu mais do que deveria de seu salário? A impressão que fica é a de que há um conluio entre as partes envolvidas em detrimento do servidor.

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