Quarta-Feira, 05 de Março de 2014, 08h15
Brasil enfrenta África do Sul nesta quarta-feira
Terra
Para Luiz Felipe Scolari, o amistoso desta quarta-feira contra a África do Sul, em Johannesburgo, representa mais uma oportunidade, na realidade a última, para reunir jogadores no processo de definição do grupo da seleção brasileira que vai disputar a Copa do Mundo. Para os sul-africanos, o jogo faz parte da comemoração dos 20 anos do fim do apartheid, o regime de segregação racial que assombrou o país por mais de quatro décadas.
Mas para uma pessoa em especial, a partida é prova de prestígio - e também uma aposta em dias mais tranquilos: Danny Jordaan, atual presidente da Federação Sul-Africana de Futebol (Safa, na sigla em inglês).
Jordaan ganhou espaço na cartolagem do futebol mundial após comandar o Comitê Organizador da Copa de 2010. É, inclusive, conselheiro na preparação do Mundial do Brasil. Dentro de casa, porém, está com o moral baixo. Assumiu a presidência da Safa prometendo fazer o futebol sul-africano crescer, mas parece estar perdendo a batalha.
Em um país que tem grande afinidade com o rúgbi, o futebol não decola. Internamente, os campeonatos são fracos tecnicamente e atraem pouco público. Vários estádios construídos ou reformados para a Copa tornaram-se elefantes brancos. Entre eles os imponentes Moses Mabhida, em Durban, o Green Point, na Cidade do Cabo, e o próprio Soccer City, local do amistoso desta quarta, que vive às moscas, passa a maior parte do tempo fechado e já recebeu até festas de casamento, em uma tentativa de gerar renda. Mas o estádio que fica na porta do bairro de Soweto só costuma encher quando há um show musical - de artistas estrangeiros, bem entendido.
E o Soccer City deve registrar vários clarões nesta quarta, apesar de o preço dos ingressos ser bem camarada: de 50 a 200 rands, ou de R$ 11 a R$ 44, valor cobrado nos espaços Vips. Mesmo assim, até sábado apenas 40 mil bilhetes haviam sido vendidos. Dependendo do ângulo que se olhe, porém, será um excelente público para o futebol em um país que só registra casa cheia quando os rivais Orlando Pirates e Kaisers Chiefs se enfrentam. Fora disso, a média não chega a 8 mil pessoas por jogo - o Soccer City pode receber até 90 mil torcedores.
A falta de dinheiro reflete na seleção sul-africana, dentro e fora de campo. A imprensa local tem noticiado que o atual técnico dos Bafanas, Gordon Igesund, só é mantido no cargo porque não há recursos para pagar a rescisão de seu contrato.
Jordaan, porém, só se interessa em capitalizar com a presença da seleção brasileira. \"Vamos receber a seleção que vai sediar a Copa do Mundo com uma série de estrelas, que estão trabalhando na Europa em times como Barcelona, Real Madrid, Chelsea e Paris Saint-Germain, só para citar alguns\", disse ao site da Safa na tentativa de promover o amistoso. \"Você nunca vai ter outra oportunidade como esta se não comprar o seu bilhete a tempo\".
O jogo entre Brasil e África do Sul também servirá para se que rendam homenagens a Nelson Mandela, justamente quem assumiu a presidência em 1994, concretizando o fim do apartheid, e que morreu em 5 de dezembro passado, aos 95 anos. \"Esta é uma ocasião especial, que deve ser comemorada por todos os sul-africanos. Devemos também aproveitar esta ocasião para celebrar o nosso pai da nação, o legado que Nelson Mandela nos deixou\", discursou Nomvula Mokonyane, governador da província de Gauteng, onde fica Johannesburgo.
Da seleção dos Bafanas ninguém fala. Após disputar a Copa de 2010 por ter sido anfitriã, a África do Sul não passou nem perto da classificação para o Mundial do Brasil. O time é fraco e, para piorar, alguns jogadores convocados para o amistoso contra a seleção brasileira estão sem clube.
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