13 anos depois da Copa do Mundo de 2014, o Brasil voltará a ser o epicentro do futebol mundial. Desta vez, nosso país receberá pela primeira vez a Copa do Mundo Feminina da FIFA em 2027, com tudo o que isso implica para o nosso futebol e para a nossa sociedade. 

Brasil, organizadora de grandes competições nos últimos anos 

A escolha do Brasil como sede da Copa do Mundo Feminina de 2027 não foi por acaso. Primeiro, como pentacampeão no futebol masculino e uma vez finalista no feminino, o Brasil é um país com uma tradição futebolística incrível. Nosso país é um dos poucos lugares onde o futebol deixa de ser apenas o esporte mais popular para se tornar quase uma religião. A paixão da torcida brasileira vai criar uma atmosfera vibrante nos estádios, perceptível até nas transmissões. 

Mas isso não é tudo que devemos levar em consideração. Outro detalhe relevante que levou à escolha do Brasil foi a experiência do nosso país na organização de grandes torneios esportivos nos últimos anos. Em 2014 e 2016, fomos sede da Copa do Mundo de futebol masculino e dos Jogos Olímpicos, respectivamente. Sabemos bem como organizar um evento esportivo de grande repercussão midiática e contamos com estádios modernos, prontos para receber uma grande quantidade de público em suas arquibancadas. 

A evolução do futebol feminino e a paixão dos torcedores 

O futebol feminino está ganhando cada vez mais adeptos. Se no passado era visto como algo puramente masculino e até mesmo ridicularizava-se as mulheres que jogavam futebol, nos últimos anos tem recebido maior interesse por parte do público tradicionalmente fã de futebol. Ao mesmo tempo, está convencendo mais mulheres de que o futebol também pode ser algo de que elas desfrutem, ampliando assim a base de torcedores do esporte rei. 

Esse maior interesse pode ser notado em várias perspectivas. Por um lado, o aumento de espectadores e a venda de ingressos nos estádios, mas também no maior número de mercados em que se pode fazer um esporte bet relacionado ao futebol feminino. Com a evolução esperada nos próximos três anos, é fácil imaginar que as taxas de audiência e o impacto midiático da Copa do Mundo no Brasil sejam os maiores da história do esporte feminino. 

O que a Copa do Mundo deixará no Brasil? 

Os outros grandes torneios que foram realizados em nosso país deixaram um enorme investimento em infraestrutura com o objetivo de facilitar a mobilidade e o conforto dos atletas e turistas que se deslocaram para aproveitar os torneios. No entanto, desta vez o investimento deveria ser menor e, com isso, os gastos associados também. A Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016 ainda são muito recentes, por isso os custos e a necessidade de melhorias não são tão significativos. Isso também deve resultar em uma melhor proporção entre despesas e benefícios, algo que costuma ser questionado após a realização desses eventos. 

Por outro lado, também há o aumento do protagonismo do futebol feminino no país. O Corinthians quebrou o recorde recentemente com a final do Brasileirão Feminino, chegando a 44 mil espectadores, bem distante do recorde do futebol masculino, de 155 mil pessoas no estádio. Com a promoção associada ao torneio e um bom desempenho da Seleção, é fácil imaginar que esses números serão rapidamente superados. 

A última consequência de trazer a Copa do Mundo para o nosso país é o investimento no futebol feminino. Este já aumentou bastante nos últimos tempos, com empresas como a Petrobras, que já patrocina torneios da Federação Paulista, como a Copa Paulista ou a Taça Paulistana.