Domingo, 17 de Junho de 2018, 12h00
CRAQUE
Conheça quitinete onde Neymar morou em VG
LÁZARO BORGES
O LIVRE
Há 21 anos, quando chegou em Várzea Grande, o principal craque da seleção era apenas um desconhecido. Era só o filho de Neymar, recém-contratado atacante do Clube Operário Várzea-grandense (CEOV). Não era ainda o Neymar Júnior campeão olímpico, autor do gol do título brasileiro, mas era filho do homem-gol do “chicote da fronteira”, autor do título do campeonato estadual de 1997.
Naquele ano, Neymar Júnior passou três meses em um conjunto de quitinetes na Rua Alemanha, no bairro Jardim Cerrado. O imóvel é um desgastado prédio de cores pálidas, hoje desocupado. O menino brincou pelo corredor da área comum onde atualmente não há nada além de uma bola vermelha, deixada no canto do muro.
Ali, ele deu seus mais consistentes passos e passes, aos quatro anos de idade. Neymar dividia os 43 metros quadrados da quitinete com o pai, a mãe Nadine e a irmã Rafaella. A quitinete tem dois quartos, sala, cozinha, banheiro e uma lavanderia.
O contrato de aluguel foi assinado pelo então presidente do Operário, Maninho de Barros. O cartola alugou também outras quatro quitinetes no mesmo endereço, todas destinadas a jogadores casados e pais de família, como era o pai de Neymar.
A proximidade com a zona de prostituição da cidade, conhecida como “Zero”, obrigava os proprietários a rebaixarem o valor do aluguel, que custava R$ 250. A quantia era paga pela diretoria do clube. Não pagar aluguel desafogava os jogadores. O pai de Neymar, por exemplo, recebia cerca de R$ 2 mil para vestir a camisa do clube tricolor.
“Era um salário bom naquele ano. Se fosse comparar com o que é pago hoje em dia, seria mais ou menos uns R$ 10 mil”, calcula o ex-diretor de futebol Gigi Búfalo, hoje dono da Búfalo Escola de Futebol. Gigi foi uma das pessoas mais próximas ao pai de Neymar e, por consequência, aproximou-se também do pequeno craque.
Como diretor de futebol do time, ele era responsável por buscar o jogador em casa e levá-lo aos treinos. O dirigente chegou a jantar na casa da família Santos, algo incomum para uma família tão reservada e com uma passagem tão breve por terras várzea-grandenses.
“Eles eram bem na deles e o Neymar era um cara muito certo e honesto. O filho dele fez o que o pai não era acostumado a fazer: cercou-se mais de pessoas próximas”. comenta Gigi. “Nós já nos reencontramos algumas vezes, e ele sempre demonstrou muito carinho; é um cara muito tranquilo, muito gente boa”, diz.
O menino e a bola
O interesse pela bola é uma herança paterna e foi com o pai que Neymar aprendeu a comemorar. Ali mesmo, em Várzea Grande, o garoto assistiria o pai atacante vencer o campeonato mato-grossense pelo Operário, com direito a marcar o gol do título sobre o União, time de Rondonópolis.
“Ele foi muito importante, assim como os outros reforços que eu trouxe do Paraná, foram providenciais. Antes da chegada de Neymar e dos outros reforços, o time estava em último lugar na primeira fase do Estadual”, comenta orgulhoso Maninho de Barros, o cartola várzea-grandense.
Antes do título, nos dias de treino, Neymar Júnior deliciava-se quando era levado por Gigi Búfalo para assistir aos rachões no Estádio Dito Souza. Ali, o garoto peralteava e driblava Geraldo Malaquias, massagista do time. “Ele ficava na beira do campo e queria o tempo todo chutar a bola. Era eu quem cuidava para ele não ir”, relembra o ex-funcionário, que se aposentou do futebol.
Memória perdida
É muito provável que o pequeno Neymar fazia daquele corredor diminuto seu campo de futebol nos dias normais ou, quem sabe, a própria Rua Alemanha, esburacada e silenciosa deste então. As memórias, no entanto, esmaeceram. Além da bola vermelha no terreno abandonado, nada e nem ninguém lembra da passagem do menino que hoje é craque do Paris Saint-Germain e da Seleção Brasileira.
“Eu fiquei muito surpresa quando soube que ele morou aqui, ninguém lembrava. Na época, eu não era sócia do meu pai, não ajudei a alugar para os jogadores”, diz Vivane Calegari Lopes, que cuida do imóvel. Há mais de três meses nenhuma quitinete é alugada, pois os proprietários planejavam fazer uma reforma e pediram para os antigos inquilinos saírem.
Não à toa, aranhas, gatos e mosquitos tomaram conta dos aposentos. Na área comum, o mato cresce como tufos de cabelo no pavimento. E a velha bola vermelha continua lá, sem um menino peralta para chutá-la. Bom para nós, várzea-grandenses, cuiabanos, mato-grossenses e brasileiros, que vamos ver o menino chutar uma outra bola. A bola da Copa da Mundo na Rússia e quem sabe a bola do gol do hexacampeonato mundial.
Mary | 19/06/2018 16:04:53
A humildade dele fez ele chegar onde chegou.....mas teve problemas financeiro como todo brasileiro.
Lugar assombrado | 18/06/2018 21:09:15
Para mim o local agora ta mais desvalorizado ainda , pois esse perna de pau não joga bosta nenhuma , só marketing . Tá mais preocupado em lançar moda de cabelo para maconheiros de periferia e nada mais . jogar mesmo que é bom......
fernando | 18/06/2018 20:08:34
morava na Rua Alemanha 71
+Rogério | 18/06/2018 13:01:32
Esse menino deve ter se jogado muito naquele chão ali...
Nino | 18/06/2018 12:12:54
Se jogar como jogou o primeira jogo da Copa, não tem vaga nem no Palmeirinha do Porto.
Orlando | 18/06/2018 10:10:01
Pois é, se tal história for realmente verdadeira, o Neymar milionário e famoso de hoje, já foi pobre e humilde um dia! Uma história comum a muitos craques da seleção brasileira! E todos que gostam de futebol, dependem dele para ser hexacampeões!
Morador Indignado | 18/06/2018 08:08:48
Reportagem falha, não há proximidade com a zona de prostituição da cidade. a Prostituição encontra-se em outro local afastado, o bairro é excelente, com entrada única pela avenida da feb e não tem ligação com zona de prostituição alguma, somente moradia de delegados e policiais, no qual concentra uma zona de segurança muito boa entre todos os vizinhos, e não prostituição, precisam saber o que falam, e não desclassificar o bairro, a localidade, a residência de um grande jogador, se o repórter nunca morou assim, que preserve as palavras ao falar de mais da metade dos brasileiros. !!!!
Torcedor sensato | 18/06/2018 08:08:23
Rua Alemanha, CEP começa com 7. Ja estava escrito o 7x1 kkkkkkkkkkkkkkk. Esperando outra goleada.
Ari | 18/06/2018 08:08:12
Só quero saber quando é que ele vai deixar de arrumar o cabelo e mostrar futebol de verdade.
João | 18/06/2018 06:06:21
Que se dane essa seleção vendida depois do 7 a 1, tenho mais o que fazer do que assistir jogo se dependesse de mim estaria na M assim como o Brasil está.
Rico | 18/06/2018 05:05:31
Tudo mentira
J.José | 17/06/2018 22:10:28
Zona de baixo meretrÃcio. Desvalorizado até hoje, enquanto não tirarem aqueles motéis dali é daà pra pior. Tem de tudo ali!
Edson | 17/06/2018 16:04:27
Não jogou nada. Hoje devia ir pro banco. Não valeu os milhões que pagam para ele.
Seu madruga de VG | 17/06/2018 13:01:20
Fala serio meu jovem. Sera que o seu Barriga vai subir o Aluguel agora?
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