Sexta-Feira, 06 de Junho de 2025, 16h20
VENDAS
Cuiabá cobra R$ 40 milhões de gigantes
GLOBOESPORTE
Em entrevista exclusiva ao ge, o presidente do Cuiabá, Cristiano Dresch, revelou sua insatisfação com dívidas que somam mais de R$ 40 milhões, envolvendo quatro grandes clubes do futebol brasileiro: Corinthians, Santos, Grêmio e Atlético-MG.
O dirigente relatou que o atraso nos repasses compromete diretamente a saúde financeira do clube mato-grossense, que disputa a Série B. Não é o primeiro desabafo do presidente, que vem se manifestando desde a temporada passada. Em todos os casos, o Cuiabá acionou a CNRD. (Câmara Nacional de Resolução de Disputas).
— Nós temos hoje quatro clubes que nos devem. O Corinthians deve R$ 18 milhões — quase R$ 18,5 milhões — para o Cuiabá. Está previsto para nos pagar em julho, no dia 17. Vence a primeira parcela do plano coletivo que eles fizeram na CNRD — afirmou Cristiano.
O ge entrou em contato com o Corinthians, que informou que daria um retorno, mas até o momento não se posicionou. A reportagem será atualizada assim que tivermos a posição do clube.
Em seguida, Dresch criticou duramente o Santos, alegando falta de retorno do clube para negociar:
— O Santos nos deve R$ 16,3 milhões, aproximadamente. Esse valor se refere à última parcela da venda do Joaquim, além das parcelas relativas à negociação com o Tigres, do México. Eles deveriam ter nos pagado em janeiro. Não pagaram. Tentamos várias vezes um acordo, mas não conseguimos nenhum retorno do Santos. Por isso, acionamos a CNRD.
Em contato com o ge, o Santos reconheceu a dívida e afirmou que ela consta no balanço financeiro do clube, e não deve conseguir quitar o valor até que o caso avance nas vias judiciais.
O presidente também criticou o Grêmio, que teria recebido valores de uma negociação com o Vitória, mas não repassou a parte devida ao Cuiabá.
— Temos também a situação do Grêmio, que é ridícula — vou usar a mesma palavra que usei em relação ao Corinthians. O Grêmio recebeu o valor do Vitória no dia 15 de março e deveria ter repassado a nossa parte. Eram cerca de 120 mil dólares, dos 300 mil que temos direito (40%), e não nos pagaram - desabafou o presidente.
Em resposta, o Grêmio afirmou que vinha negociando com o Cuiabá um parcelamento da dívida, mas o time mato-grossense optou por acionar a CNRD. Após isso, segundo o clube, não há mais o que fazer. O Grêmio aguarda o julgamento para realizar o pagamento assim que a sentença for proferida.
Dívida do Atlético-MG
Sobre o caso do atacante Deyverson e o Atlético-MG, Dresch citou que aguarda uma decisão judicial ainda em 2025:
— Temos o caso do Deyverson, que também é uma situação emblemática com o Atlético Mineiro. A gente espera — e tive uma informação da CNRD — que, no máximo em setembro ou outubro, haverá uma sentença. O Atlético deve ser condenado a nos pagar.
O presidente também expressou frustração com a conduta do clube mineiro:
— Como eu disse no caso do Atlético Mineiro: nós vendemos parcelado, confiando na credibilidade da família Menin, grandes empresários do estado de Minas Gerais. Não vimos problema em vender um jogador a prazo. Mas chega o dia do pagamento... e você não recebe.
O ge entrou em contato com o Atlético Mineiro, que informou que daria um retorno, mas até o momento não se posicionou. A reportagem será atualizada assim que tivermos a posição do clube.
Dívidas dos clubes:
Corinthians – Raniele: R$ 18,5 milhões
Santos – Joaquim: R$ 16,3 milhões
Grêmio – Pepê: R$ 700 mil
Atlético-MG – Deyverson: R$ 4,6 milhões
Em tom firme, Dresch desabafou sobre a política do clube em futuras negociações:
— Como eu vou vender jogador para um clube que me deve? Isso nem tem cabimento. Acho que a gente tem outras opções, clubes sérios, organizados. Cito, por exemplo, o Red Bull Bragantino. Mas é uma realidade que o Cuiabá vai enfrentar por muitos anos. O Cuiabá é um clube que está crescendo, e a venda de atletas — seja pela formação, captação ou compra para revenda, como nos casos que acabamos de citar, jogadores que o Cuiabá comprou e vendeu — é a única forma que vai fazer o clube crescer e mudar de patamar.
Por fim, o presidente lamentou a disparidade entre a situação do Cuiabá e os clubes devedores:
— O que causa isso? Irritação. A gente ouve todo dia que esses clubes estão contratando, gastando, investindo... E nós aqui, numa realidade de Série B, muito difícil, precisando do dinheiro, tendo que recorrer ao mercado financeiro para poder honrar o nosso fluxo de caixa.
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