Terça-Feira, 06 de Maio de 2014, 22h26
CHUTE NA FRENTE
Fifa cita Cuiabá como exemplo de obras inacabas para Copa
Estadão
Faltando pouco mais de um mês para o pontapé inicial da Copa do Mundo, o secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, faz um desabafo público e afirma que \"viveu um inferno\" na relação com o governo brasileiro durante a preparação do Mundial. Segundo Valcke, a Fifa reduziu suas expectativas na organização do Mundial e ele admite que o torneio vai começar com cidades em obras em projetos de infraestrutura. O secretário-geral ainda acusou indiretamente o projeto da Copa de não ter sido um projeto de Estado e cobrou consistência de Brasília, a capital Federal.
Nesta segunda-feira, em evento em Lausanne ao lado de Gilbert Felli, o interventor do COI para os Jogos do Rio de 2016, Valcke fez uma avaliação do que ainda falta para ser feito antes do início da Copa, marcado para o dia 12 de junho. Se no Brasil Valcke adota um tom de amenizar todos os problemas, em um debate fora do País ele comenta abertamente dos obstáculos e admite as falhas.
\"Quanto à crítica sobre as despesas, é verdade que nós (Fifa) temos uma responsabilidade moral. Dou um exemplo: num dado momento havia um certo número de pessoas, no Brasil, entre eles, políticos, que se opunham à Copa do Mundo. Vivemos um inferno, sobretudo porque no Brasil há três níveis políticos, houve mudanças, uma eleição (de Dilma Rousseff), mudanças, e não discutíamos mais necessariamente com as mesmas pessoas\", atacou. \"Foi complicado, porque a cada vez tínhamos de repetir a mensagem.\"
O secretário-geral da Fifa não deixou de tecer uma crítica ao que seria uma falta de engajamento do Governo Federal. \"Talvez (no futuro) tenha de ser a mais alta autoridade representante do povo que seja associada a uma decisão de uma candidatura e não simplesmente um governo, um chefe de Estado e seus ministros que passam com o tempo. Que seja uma representação global do País\", disse Valcke.
Ao terminar o evento na Suíça, Valcke foi questionado por jornalistas brasileiros sobre o motivo de ter vivido \"um inferno\" e mudou sua versão. \"Não foram três anos de inferno. Foram três anos complicados, mas tanto para o Brasil quanto para nós\", declarou. \"O trabalho não foi realizado por uma parte ou outra, não sei. Tivemos complicações relativas à estrutura do País em relação a investimentos que talvez começaram tarde, uma incompreensão em relação à dimensão do evento\", abrandou.
\"Lembro que me diziam: como você pode duvidar do Brasil? Nós organizamos o Carnaval do Rio todos os anos com 3 milhões de pessoas. Mas no carnaval são pessoas do Rio e que tem seus apartamentos lá. Estão na praia e ficam por lá. As pessoas achavam que era fácil organizar uma Copa. Mas é um trabalho de verdade. É uma responsabilidade real\", disse.
OBRAS
O CEO da Copa também deixou claro que algumas cidades não terão todas as obras de infraestrutura completadas a tempo. Questionado sobre o que falta, Valcke foi claro. \"São muitos detalhes. Não digo que tudo estará concluído\", apontou. \"Em uma cidade como Cuiabá, há estruturas na cidade que não são diretamente relacionadas com a Copa. Portanto, haverá certamente obras nos entornos. Mas nos estádios, teremos o que precisamos.\"
Ele admitiu, porém, que teve de reduzir suas exigências para que as estruturas fossem entregues. \"Reduzimos pretensões e necessidades e teremos o necessário para os jornalistas, torcedores e times durante a Copa\", disse. \"No dia 21 de maio, vamos receber os estádios para instalar a tribuna de imprensa e organizar as câmeras. Custaria mais barato se tivéssemos dez estádios. Mas temos doze.\"
\"É verdade que algumas exigências nós reduzimos para a Copa\", disse. Um dos pontos foi a redução do espaço e volume que a Fifa exigia em relação às estruturas temporárias. \"Rediscutimos o que precisávamos e reduzimos custos\", declarou o secretário-geral. Mas ele garante que não reduziu nem compromissos com estádios nem segurança.
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