Às vésperas do pleito para o novo presidente da Federação Mato-grossense de Futebol, (FMF), o candidato de oposição, Dorileo Leal, pode ter sua candidatura impugnada por abuso de poder econômico. É o que pede o candidato da situação, Aron Dresch. 

Em seu pedido, Aron traz uma série de provas de que Dorileo foi o responsável por pagar a dívida da Associação Camponovense Celeiro de Futebol junto a CBF, obrigando assim, com que a equipe o apoie. “Verdadeiramente a Chapa “Federação para Todos”, capitaneada pelo João Dorileo Leal, transmuda o voto em instrumento de comércio. Ou seja, literalmente a Chapa “

Federação para Todos comprou diretamente a liberdade de escolha da ACCF, violando-se, desta forma, a normalidade e a legitimidade do processo eleitoral”, diz trecho da petição. De acordo com Aron, primeiramente, causou estranheza o fato de que o pedido de inclusão da ACCF no colégio eleitoral não foi feito por ela própria, mas por um terceiro, no caso, Antonio Eduardo Costa Silva, advogado da Chapa Federação para Todos, que tem como candidato João Dorileo.

“O artigo 18 do CPC reflete a impossibilidade de um terceiro (ou seja, alguém que não é a parte direta no processo) apresentar uma petição em nome de outra pessoa, sem que essa outra pessoa (o titular do direito) tenha autorizado essa representação. Este princípio é baseado na ideia de que cada pessoa deve defender seus próprios direitos, ou seja, é o princípio da legitimidade processual” argumenta o atual presidente da FMF. Aron ainda traz um documento que comprova que o pagamento da inscrição do clube foi feito pela pessoa jurídica Agropecuária Lago do Sol – Eireli, que tem como sócio o próprio João Dorileo Leal.

“Não existe dúvida, pois, de que tais atitudes do candidato João Dorileo Leal compromete a legitimidade e a normalidade do pleito, dado que o eleitor que recebe a benesse ilícita, no caso, a ACCF, perde a condição de decidir o seu voto baseado nos valores verdadeiramente democráticos”, finaliza.