Domingo, 19 de Novembro de 2023, 17h00
APONTA ESTUDO
Anticoncepcional altera cérebro e pode aumentar medo
Metrópoles
Um estudo de endocrinologistas da Universidade de Montreal, no Canadá, apontou que anticoncepcionais hormonais promovem alterações no cérebro que podem resultar em sensação mais comum de medo e insegurança entre suas usuárias.
De acordo com pesquisa publicada na revista Frontiers in Endocrinology, em 7/11, mulheres que usaram métodos contraceptivos desse tipo tinham menor quantidade de massa cinzenta na área responsável por passar a sensação de tranquilidade.
Como foi feita a pesquisa?
O estudo avaliou imagens cerebrais de três grupos de mulheres: 62 delas usavam pílulas contraceptivas, 37 já tinham usado e 40 nunca haviam feito uso. Participaram também 41 homens, como grupo controle.
Os exames de imagem apontaram o aspecto e a espessura da massa cerebral dos voluntários. As mulheres que estavam fazendo uso do anticoncepcional eram as únicas que tinham um córtex pré-frontal ventromedial com menos massa do que o dos homens – eles, biologicamente, já possuem essa região com menor volume.
Essa zona cerebral regula as emoções que envolvem reação rápida, especialmente o medo. Ali são processadas informações para que as pessoas avaliem se estão em um ambiente tranquilo e seguro, um processo que resulta na emissão de bloqueadores para os marcadores neurais de insegurança e alerta.
A boa notícia é que o efeito parece reversível, pois as voluntárias que já não usavam o medicamento tinham espessura normal nessa região.
A química mental do medo
Os endocrinologistas também analisaram outras zonas do cérebro e descobriram que o córtex cingulado (a região que cria o medo) varia de pessoa para pessoa e que sua medida não está relacionada ao uso de anticoncepcionais.
Com isso, foi possível concluir que as mulheres que usam anticoncepcionais não produzem mais marcadores neurais de medo do que as outras, mas que elas produzem menos reguladores ligados à sensação de tranquilidade e ao controle do medo.
Uma limitação da pesquisa é não desconsiderar fatores sociais que possam justificar que algumas mulheres tenham mais medo do que as demais.
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