Quarta-Feira, 07 de Novembro de 2018, 13h30
RÉPTEIS
Diferença entre cobra, serpente e víbora
TERRA
Para quem não sabe, existe diferença entre cobra, serpente e víbora. No entanto, é muito comum as pessoas usarem como sinônimos essas palavras no Brasil. Aliás, cobra, serpente e víbora possuem significados distintos. Para saber como distinguir cada uma delas, leia esse artigo.
Aqui você vai entender um pouco mais sobre cada um desses termos.Também vai descobrir quais são as principais características de cobra, serpente e víbora. Além disso, pode conferir o significado de ofidismo.
Cobras
A palavra cobra muitas das vezes é utilizada como sinônimo de serpente, porém, cientificamente a palavra cobra refere-se as serpentes da família Colubridae (colubrídeos). Fato interessante é que a maioria das serpentes fazem parte desta família, havendo cerca de 2000 espécies no mundo.
Dentre as espécies existentes, grande parte delas são cobras inofensivas, de porte médio, ou seja, não são venenosas ou não possuem uma dentição adequada para inocular o veneno.
Podemos chegar ao consenso que todas as cobras são serpentes, mas nem todas as serpentes são cobras. No Brasil, as cobras mais conhecidas são as Simophis rhinostoma e Rhinobothryum lentiginosum, duas espécies de falsa coral; a cobra-cipó (Chironius exoletus) e a caninana (Spilotes pullatus). São as cobras mais numerosas do Brasil em termos de gêneros e espécies.
As cobras são répteis relativamente tranquilos, não são agressivos, fáceis de manusear, reproduzir e de manter em cativeiro. Contudo, alguns gêneros, como a Philodryas, são capazes de causar acidentes nos seres humanos, embora seu veneno seja menos potente que os acidentes causados pelos gêneros Bothrops e Crotalus.
Serpentes
O termo serpente deve ser utilizado quando nos referimos de modo genérico a todos os répteis rastejantes, sem patas, que apresentam o corpo alongado coberto de escamas e são pecilotérmicos.
Sendo assim, as serpentes são animais vertebrados, da classe dos répteis, da ordem squamata e subordem serpentes (ophidia). As serpentes são consideradas animais bem próximos aos lagartos, pois compartilham características em comum. Podemos concluir que as víboras e cobras são um tipo de serpente.
As serpentes possuem escamas revestindo seu corpo para evitar a desidratação e também para proteger contra possíveis impactos ou choques mecânicos. Devido suas características anatômicas, as serpentes conseguem engolir suas presas sem precisar mastigá-las.
Alimentam-se de alguns répteis, aves, peixes e até de mamíferos. Possuem ampla distribuição geográfica, ou seja, são encontradas em quase todas as partes do mundo, exceto em ambientes de clima muito frio. Preferem os climas mais quentes, como o tropical e o equatorial.
Muitas serpentes são peçonhentas e injetam seu veneno através de dentições (presas inoculadoras) especializadas. No Brasil há aproximadamente 70 espécies de serpentes peçonhentas, ou seja, venenosas.
Quando uma pessoa é picada por uma serpente venenosa, os sintomas podem ser imediatos ou não, pois depende da espécie em questão. Fato é que se não tratado corretamente, com soro específico, o indivíduo pode vir a óbito.
Além da dentição específica, as serpentes peçonhentas possuem uma estrutura chamada de fosseta loreal ou lacrimal. A fosseta loreal fica localizada entre a narina e o olho do animal, sendo um órgão termorreceptor que permite a serpente identificar a variação de temperatura ambiental. As fossetas loreais são conectadas diretamente ao encéfalo da serpente, sendo de suma importância para ela detectar a presença de presas ou predadores.
Víboras
As víboras são animais vertebrados, da classe dos répteis, da subclasse lepidosauria, da ordem squamata, da subordem serpentes, da família Viperidae (viperídeos). Pode-se afirmar que as víboras são serpentes do tipo venenosas, com dentição apta para a inoculação de veneno, com formato de cabeça triangular e super ágeis.
Elas possuem grande habilidade em dar o bote em suas presas, sendo assim, são animais muito perigosos. As principais características das víboras são: presença de fosseta loreal, olhos pequenos com as pupilas em formato de fenda vertical, escamas alongadas e ásperas de igual aparência na cabeça e no corpo, cauda curta que afina bruscamente, hábitos noturnos, atacam quando se sentem ameaçadas, são ovovivíparas.
As víboras são consideradas os répteis mais venenosos e bem adaptados que existem. As mais conhecidas são: jararaca, cascavel, surucucu, víbora da morte, víbora cornuda, víbora do gabão e víbora de russel. Outro grupo de víboras venenosas são as da família Elapidae, que tem como principal representante a coral verdadeira.
As víboras da família viperidae, como as jararacas, surucucus e cascavéis, são encontradas no Brasil. Porém, algumas poucas espécies estão ameaçadas em extinção, tais como: jararaca de alcatrazes, jararaca ilhoa, jararacuçu tapete, urutu cruzeiro, jararaca verde e cotiara.
No Brasil, a maioria dos acidentes ofídicos é devido a víboras dos gêneros Botrópico (jararaca, urutu e jararacuçu), Crotálico (cascavel), Laquésico (surucucu) e Elapídico (coral verdadeira).
O que fazer se for picado por uma víbora?
Procure ajuda médica imediatamente. Os primeiros 30 minutos são essenciais para salvar uma vida
Manter-se calmo, evite se mexer absurdamente
Se possível, lavar o local da picada com água corrente e sabão
Aplicar gelo no local
Se possível, identificar o tipo de serpente, seja através de foto ou descrição do animal. Isso será fundamental para a correta administração de soro no paciente.
O que não fazer se for picado por uma víbora?
Nunca fazer garrote ou torniquete
Nunca cortar ou perfurar o local da picada
Nunca colocar folhas de plantas ou ervas, pó de café, pasta de dente ou qualquer outra substância que contamine o local da picada
Nunca oferecer ao acidentado qualquer tipo de bebida alcoólica, chá ou remédio
Nunca realizar qualquer procedimento que atrase o devido atendimento médico.
Ofidismo
É considerado ofidismo todos os acidentes causados por animais peçonhentos, principalmente pelas serpentes. O ofidismo é considerado um sério problema de saúde pública, principalmente se não for administrada a soroterapia de forma adequada e em tempo hábil.
No Brasil, os principais agentes são as serpentes dos gêneros Bothrops, Crotalus, Lachesis e Micrurus, que possuem cerca de 60 importância médica. Segundo o Ministério da Saúde, ocorrem cerca de 19 mil a 22 mil acidentes com serpentes peçonhentas por ano.
O acidente ofídico está relacionado a fatores climáticos e ao aumento da atividade humana nos trabalhos no campo. O público masculino é o mais afetado, entre a faixa etária de 15 a 49 anos. As pernas e os pés são os locais mais atingidos.
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