Segunda-Feira, 18 de Novembro de 2024, 18h00
ATOS RACISTAS
Estudante da PUC é demitida de escritório de advocacia depois de ofender alunos cotistas da USP
FOLHA DE S. PAULO
O escritório Pinheiro Neto Advogados demitiu a estudante de direito da PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo) Tatiane Joseph Khoury, de 20 anos, que apareceu em um vídeo ofendendo alunos cotistas da USP (Universidade de São Paulo).
Questionada pela coluna, a banca confirmou a informação.
"O escritório Pinheiro Neto Advogados lamenta o episódio ocorrido durante os Jogos Jurídicos Estaduais, no último sábado (16/11). O escritório reitera que não tolera racismo ou qualquer outro tipo de preconceito. Informamos que a estagiária envolvida nesse episódio não integra mais o escritório", afirma.
A coluna tenta localizar Tatiane para que ela se manifeste.
O escritório Machado Meyer, que também tem estagiários envolvidos no caso, afirma que "recebeu ao longo do final de semana notícias a respeito dos eventos ocorridos nos jogos jurídicos estaduais de São Paulo" e que ainda "fará as apurações necessárias e avaliará as medidas a serem tomadas". Diz ainda que repudia "veementemente" qualquer ato de preconceito ou discriminação, e que tem a diversidade como pilar essencial.
Outro escritório com estagiário citado no caso, o Castro Barros Advogados emitiu nota afirmando que "não admite qualquer ato discriminatório praticado por qualquer um de seus integrantes, dentro ou fora do escritório", e que "qualquer pessoa que ignore ou despreze esse fato não tem condições de fazer parte" da equipe.
Estudantes na torcida do curso de direito da PUC-SP foram filmados gritando termos como "cotista" e "pobre" para ofender alunos da USP durante uma partida de handebol nos Jogos Jurídicos estaduais.
O caso ocorreu em Americana, no interior paulista, e provocou a publicação de notas de repúdio das associações atléticas dos dois cursos e das direções das duas faculdades, além da reitoria da PUC-SP. A organização dos Jogos Jurídicos também se manifestou e disse que o caso será punido.
Um vídeo do momento de provocação mostra algumas pessoas na torcida do direito da PUC-SP gritando os termos, enquanto fazem gestos remetendo a contagem de dinheiro e proferem xingamentos. O mesmo vídeo, publicado em rede social pela Bancada Feminista do PSOL na Câmara Municipal de São Paulo, também mostra a reprovação de estudantes do Largo São Francisco.
O centro acadêmico XI de Agosto, do Direito da USP, classificou as provocações como racistas e aporofóbicas (termo que indica aversão a pessoas pobres) e exigiu que a organização dos Jogos Jurídicos Estaduais penalize o ato e as pessoas diretamente envolvidas.
"É nas academias de direito que se formam os profissionais que deveriam operar contra as injustiças, injúrias e preconceitos de classe e raciais", ressaltou o centro acadêmico. "Atos como esses explicitam a violência que estudantes cotistas enfrentam ao ocupar espaços que historicamente lhes foram negados."
PolÃÂticamente correto! | 18/11/2024 19:07:46
Se o setor público e o privado se unem contra essas "liberdades de expressões" que não passam de cultura da violência, com exemplos como o relatado acima, logo logo os "atravessados mentalmente" aprenderão NA PRÃTICA a tratar as pessoas com respeito e igualdade de direito. Parabéns à empresa!! Que a PUC siga o exemplo.
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