Sexta-Feira, 16 de Fevereiro de 2018, 11h21
Estudo aponta que mulheres transgênero são capazes de amamentar
O DIA
Um estudo científico publicado nesta sexta-feira na revista "Transgender Health" relatou que uma mulher mulher transgênero americana conseguiu amamentar seu bebê adotado depois de tomar hormônios que induzem a lactação. Apesar da novidade, cientistas afirmam que ainda são necessários novos estudos para descobrir se o leite é ou não nutritivo.
Segundo a pesquisa, a mulher transgênero estudada tem 30 anos e passou por uma terapia de hormônios femininos durante seis anos. O relatório ainda afirma que não foi realizada nenhuma cirurgia genital ou de seios.
De acordo com a publicação, a mulher buscou aconselhamento médico porque sua parceira estava grávida mas não estava interessada em amamentar e ela "esperava assumir o papel de principal fonte de alimento para o infante", destaca o estudo, coordenado por pesquisadores da Mount Sinai Icahn School of Medicine de Nova York.
A paciente seguiu um regime de hormônios utilizado para induzir a lactação nas mulheres, incluindo um aumento de estradiol e progesterona, ao mesmo tempo que foi recomendada a utilizar uma bomba de amamentação três vezes ao dia durante cinco minutos por mama.
Também recebeu um medicamento contra as náuseas chamado domperidona, do Canadá, que é utilizado para estimular a produção de leite. Por sua vez, a domperidona não está aprovada nos Estados Unidos porque a Agência de Alimentos e Drogas (FDA) teme que possa provocar paradas cardíacas e riscos desconhecidos para os lactantes. "Três meses e meio depois do início do regime, o bebê nasceu (...) a paciente amamentou exclusivamente durante seis semanas", afirma o estudo. Após este período, foi adicionado suplementos para que o volume de leite não fosse insuficiente.
O desenvolvimento do bebê e seus hábitos alimentares foram normais, destaca o estudo. Os especialistas afirmam que os recém-nascidos devem ser alimentados com o leite materno no primeiro ano de vida, ou mais se possível, pelos benefícios para a saúde da criança, que excedem com folga os obtidos com o leite em pó.
Além da incapacidade de medir ainda o valor nutritivo do leite, os hormônios para induzir a lactação podem provocar mudanças de humor e aumento de peso, o que pode atuar como elemento de dissuasão para alguns pesquisadores contrários a ideia. "A minha principal preocupação seria a qualidade nutricional", disse a cientista Madeline Deutsch, que também é transgênero. Segundo ela, este tipo de estudo é feito há cerca de 15 anos e novas pesquisas devem ser realizadas em breve.
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