Segunda-Feira, 21 de Abril de 2014, 22h39
Marina diz que governo Dilma carece de marca própria
MSN
A ex-senadora Marina Silva disse em entrevista a uma rede de televisão norte-americana que a presidente Dilma Rousseff não conseguiu firmar um estilo próprio à frente do Palácio do Planalto. \"Infelizmente, a presidente Dilma não foi capaz de ter a própria marca de governo, a não ser a marca do retrocesso\", afirmou à CCTV America, de Washington. Marina foi à capital dos Estados Unidos participar de um evento sobre o ativista ambiental brasileiro Chico Mendes, assassinado em dezembro de 1988.
Indagada sobre um ponto positivo e outro negativo do atual governo, Marina disse que, apesar de ter sido bom para o País manter as políticas sociais da gestão do ex-presidente Lula, o governo Dilma é marcado por retrocessos. Ela citou o baixo crescimento da economia, a inflação, dificuldades no planejamento da infraestrutura e a recente situação energética. Segundo Marina, o governo retrocedeu no que se refere à renda, à proteção das florestas e dos direitos indígenas.
Eleições
A vice da chapa de Eduardo Campos à Presidência nas eleições de 2014 destacou que os 20 milhões de votos recebidos por ela em 2010 têm um significado \"muito profundo\". \"Significa que, para o povo brasileiro, a ideia de um modelo de desenvolvimento econômico que produza riquezas, trabalho, moradia digna e serviços essenciais não é incompatível com a proteção do meio ambiente\", afirmou. Segundo Marina, o Brasil pode ajudar a resolver o que chamou de \"desafio deste século\". \"É preciso mudar o antigo paradigma de que a economia é separada da ecologia. O mundo vai precisar cada vez mais de fazer essa integração\", comentou.
Marina destacou que a aliança com o PSB, de Campos, ainda está sendo desenhada e que o objetivo é manter as bandeiras defendidas pela Rede Sustentabilidade no centro do debate. \"O que me moveu para o PSB é a necessidade de que as ideias de 2010 continuem relevantes nas eleições de 2014\", afirmou.
Corrupção
A solução para enfrentar a corrupção no Brasil é encará-la como um problema de todos e não apenas como algo relacionado ao governo ou aos poderes Legislativo e Judiciário, na avaliação da ex-ministra do Meio Ambiente. Marina destacou que o governo pode ser mais transparente e que o Congresso tem de ser uma ferramenta para \"vigiar e monitorar\", mas alertou que o tema tem de ser visto como um problema de toda a sociedade.
Segundo Marina, a pobreza era tida apenas como uma preocupação do governo, mas quando passou a ser enfrentada como um problema de todos começou-se a criar um processo de inclusão social. \"O mesmo vale para a corrupção. Enquanto não for um problema nosso, não haverá solução\", avaliou.
Protestos
Marina também foi questionada sobre os protestos relacionados à Copa do Mundo e respondeu que o ponto negativo da realização de grandes eventos é o fato de não se pensar nos legados que podem ficar para a população. As manifestações nas ruas mandaram uma mensagem forte, segundo ela.
Para Marina, a população encara como uma prioridade investir para sediar a Copa, mas também deveria ser prioridade garantir saúde, educação, segurança pública, transporte e vida digna para os brasileiros, \"necessidades muito mais profundas\", observou.
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