O impacto da colisão com um trem de carga deixou um ônibus biarticulado partido ao meio, em Curitiba, na noite desta terça-feira (22). Ao menos 11 pessoas ficaram feridas. As causas do acidente estão sendo investigadas pela polícia.

Segundo a Rumo, concessionária que administra a ferrovia, o motorista do transporte coletivo teria desrespeitado a sinalização. Devido ao peso da composição, o maquinista não conseguiu frear a tempo.

"O maquinista que acionou a buzina conforme procedimento padrão nos cruzamentos com vias municipais, foi surpreendido pela ação do motorista e acionou os freios de emergência, mas não foi possível parar a tempo devido ao peso e tamanho da composição", informou a Rumo em nota enviada ao GLOBO.

A organização também afirmou ter solicitado atendimento médico aos acidentados, e destacou que, de acordo com o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), "a preferência é sempre do trem". A liberação da via ocorreu no início da madrugada, no bairro Cabral.

O ônibus transportava 25 pessoas, de acordo com a Transporte Coletivo Glória, responsável pelo veículo, e operava a linha 250 (Ligeirão Norte/Sul). Também não havia passageiros em pé na parte central do ônibus, onde ficou partido ao meio. Do total, nove vítimas foram encaminhadas a hospitais da capital e Região Metropolitana com ferimentos considerados leves a moderados, mas já liberadas.

"Todos foram prontamente atendidos. As causas do acidente estão sendo apuradas. A Transporte Coletivo Glória lamenta o ocorrido e reitera seu compromisso com a segurança dos passageiros e a qualidade do transporte público", informou a concessionária ao GLOBO.

A URBS, empresa responsável por gerenciar o transporte público em Curitiba, lamentou o acidente. "A Prefeitura tem atuado e cobrado da União soluções para a questão do transporte ferroviário na capital", disse. O órgão também destacou que o prefeito da cidade tem feito "uma série de reuniões com a ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) e com o Ministério dos Transportes para viabilizar um contorno ferroviário".

Nas redes sociais, o prefeito Eduardo Pimentel (PSD) afirmou ter conversado com o ministro dos Transportes, Renan Filho (MDB-AL), sobre "a necessidade da retirada dos trens de carga" que passam pelo centro da capital.

Pimentel afirmou já ter solicitado a demanda ao Governo Federal: "tenho trabalhado muito por isso, e não descansarei". Na publicação, internautas sugeriram a instalação de cancelas e semáforos.