Domingo, 20 de Abril de 2014, 11h22
Papa pede fim de guerras e cita Venezuela em celebração
Terra
O papa Francisco celebrou neste domingo na praça de São Pedro sua segunda missa de Páscoa como pontífice, ao fim da qual pediu o \"fim de todas as guerras\" e defendeu o diálogo e reconciliação.
Sob um dia ensolarado, depois de uma tempestade à noite que regou as flores que enfeitam a praça, diante de 150 mil pessoas, procedentes de todo o mundo mundo, o pontífice defendeu o diálogo e a reconciliação para todos os conflitos que afetam o planeta: Venezuela, Ucrânia, Síria, Iraque, Oriente Médio, Nigéria, entre outros.
Ao cumprir a tradição do domingo de Páscoa, Francisco suplicou pelo \"fim de todas as guerras\" e pediu à comunidade internacional que \"impeça a violência na Ucrânia\", onde a tensão aumentou neste domingo após um tiroteio em uma cidade sob controle das forças pró-Rússia.
\"Te pedimos que ilumines e inspires iniciativas de paz pelos esforços na Ucrânia, para que todas as partes envolvidas, apoiadas pela comunidade internacional, realizem todos os esforços para impedir a violência e construir, com seu espírito de unidade e diálogo, o futuro do país\", disse o pontífice na sacada da basílica de São Pedro.
O papa argentino também reservou palavras para os problemas da América Latina.
\"Te pedimos pela Venezuela, para que os ânimos sejam encaminhados para a reconciliação e a concórdia fraterna\", disse o papa argentino em um apelo para que o diálogo prossiga entre o governo e a oposição venezuelana.
Os problemas econômicos e a violência obrigaram o presidente do país país, Nicolás Maduro, a iniciar na última semana um processo de diálogo para tentar acabar com mais de dois meses de protestos contra o governo que deixaram 41 mortos e 600 feridos. As conversações têm a participação do núncio apostólico, ou embaixador do Vaticano, Aldo Giordano, um diplomata veterano.
Francisco também pediu pela paz entre israelenses e palestinos, rogou pelas \"vítimas da violência fratricida no Iraque\" e apelou às partes na Síria para que \"tenham a audácia de negociar a paz\".
O pontífice fez ainda um apelo significativo para a derrota do \"flagelo da fome, agravada pelos conflitos e os imensos desperdícios\".
\"Te rogamos, Jesus glorioso, que cessem todas as guerras, toda a hostilidade pequena ou grande, antiga ou recente\", disse o pontífice em sua mensagem \"Urbi et Orbi\" (à cidade e ao mundo).
Também recordou as pessoas afetadas pela epidemia de Ebola na África e \"os que sofrem doenças, que também são propagadas por causa da incúria e da extrema pobreza\".
\"Faça-nos disponíveis para proteger os indefesos, especialmente as crianças, as mulheres e os idosos, às vezes submetidos à exploração e ao abandono\", clamou.
Francisco, que respeitou pontualmente o texto que havia preparado e falou apenas em italiano, citou a situação dos imigrantes que buscam \"uma vida com dignidade\", um tema muito sensível ao papa, que é filho de italianos que emigraram para a Argentina no início do século XX.
\"Consola a todos os que hoje não podem celebrar a Páscoa com seus entes queridos, por terem sido injustamente arrancados de seu afeto, como tantas pessoas, sacerdotes e laicos, sequestradas em diferentes partes do mundo\", disse.
O pontífice, de 77 anos, cumpriu uma agenda intensa em sua segunda Semana Santa no Vaticano.
Neste domingo ele celebrou a missa solene em latim e grego, pela coincidência do dia da Páscoa para os dois ritos, do Oriente e Ocidente, católico e ortodoxo.
Francisco, que neste domingo voltou a cumprimentar a multidão, também saudou os cardeais que assistiram à missa da Ressurreição e percorreu a praça, que estava decorada com 35.000 flores doadas pela Holanda.
Após a Semana Santa, o pontífice se prepara para presidir em 27 de abril a cerimônia de canonização dos papas que marcaram o século XX: João Paulo II e João XXIII.
Um evento que muitos acreditam que pode ser histórico e ficar conhecido como o \"dia dos quatro papas\", já que a canonização simultânea dos dois pontífices pode contar com a presença do papa emérito Bento XVI, que renunciou ao trono de Pedro ano passado.
Francisco convidou Bento XVI para a cerimônia e, caso o alemão vá, a Igreja viverá um momento excepcional em sua história.
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