Sábado, 08 de Março de 2014, 12h11
Venezuela comemora declaração da OEA: \"vitória da dignidade\"
Terra
O governo da Venezuela comemorou nesta sexta-feira como uma \"vitória da dignidade\" a declaração de solidariedade do Conselho Permanente da Organização dos Estados Americanos (OEA), que pede a continuação do diálogo e lamenta as mortes no país, com 29 votos a favor e 3 contra, de EUA, Canadá e Panamá.
\"Mais do que da Venezuela, acho que é uma vitória da dignidade da América Latina e do Caribe\", disse o chanceler venezuelano, Elías Jaua, durante um contato telefônico com o canal estatal VTV, no qual também afirmou que essa declaração é \"a favor da paz, do diálogo e da institucionalidade democrática\" no país.
O ministro das Relações Exteriores disse que \"todo o aparelho de propaganda montado contra a Venezuela foi sendo desmoronado pela moral e pela verdade do povo venezuelano\".
Acrescentou que agora o mundo sabe que o país sul-americano \"não enfrenta manifestantes pacíficos\", mas uma \"corrente violenta que tenta derrubar o governo legítimo e constitucional de Nicolás Maduro\".
Jaua reiterou que nesta sexta-feira se expressou a dignidade de todo o continente \"com a lamentável exceção\" do Panamá, que assumiu - disse - \"posições abjetas\". O governo do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, rompeu relações com o Panamá na última quarta-feira.
Em nome de Maduro, o chefe da diplomacia venezuelana agradeceu os países que apoiaram a Venezuela por sua solidariedade, \"especialmente\" aos países do Caribe que se expressaram - declarou - apesar \"das pressões\" dos Estados Unidos.
Jaua afirmou que o governo venezuelano \"não se surpreende\" com a falta de apoio dos Estados Unidos e do Canadá e que, no caso do Panamá, \"o império\" - forma como chama os EUA - tem \"seu centro e sua articulação\" e assinalou que \"foi de lá que saiu todo esse movimento para derrubar o governo legitimo da Venezuela\".
O ministro das Relações Exteriores disse que na reunião de chanceleres da União das Nações Sul-americanas (Unasul), que será realizada na próxima quarta-feira em Santiago do Chile para tratar da situação da Venezuela, é esperada \"uma declaração contundente\" e na qual vai comparecer \"com todas as expectativas, e muito mais depois dessa heroica vitória\".
Além disso, antecipou que a Venezuela avaliará nessa reunião \"qualquer tipo de apoio para o acompanhamento do diálogo promovido pelo presidente\" Maduro através da conferência nacional da paz, inaugurada na semana passada.
O Conselho Permanente da OEA aprovou nesta sexta-feira por maioria uma declaração conjunta na qual reconhece e \"apoia\" o diálogo iniciado pela Venezuela e pede a continuação do mesmo, o respeito aos direitos humanos, além de expressar seu apreço pela não intervenção nos assuntos internos do país.
O texto expressa o \"reconhecimento, o apoio pleno e o incentivo às iniciativas e aos esforços do governo democraticamente eleito da Venezuela e de todos os setores políticos, econômicos e sociais para que continuem avançando no processo de diálogo nacional, para a reconciliação política e social\".
Além disso, mostra sua \"mais enérgica rejeição a toda forma de violência e intolerância e faz o pedido de paz, tranquilidade e respeito aos direitos humanos e às liberdades fundamentais - incluindo os direitos à liberdade de expressão e reunião pacífica, circulação, saúde e educação - a todos os setores\".
A reunião da OEA foi realizada para analisar a onda de protestos contra o governo que a Venezuela vive desde 12 de fevereiro e que, em alguns casos, se tornaram violentos, ao causar pelo menos 19 mortes, 318 feridos e 1.103 pessoas presas, segundo dados oficiais.
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