Opinião

Terça-Feira, 13 de Julho de 2021, 10h14

André Silva

A indústria do saneamento

André Silva

 

Levantamento da Confederação Nacional da Indústria (CNI) baseado em dados do IBGE aponta uma escalada na participação de Mato Grosso no panorama nacional da produção industrial. A contribuição saltou da 15ª para a 7ª colocação entre as unidades da federação, considerando o recorte comparativo de 2017/2018 ante 2007/2008. Uma década de amadurecimento e expansão, como bem define o Sistema Federação das Indústrias no Estado de Mato Grosso (Fiemt). 

A performance mato-grossense contribui para a melhora nos números apresentados pela região Centro-Oeste, que responde por 6,7% da produção da indústria nacional. O detalhamento dos dados por Estado, região e segmento industrial está contido na Nota Econômica nº 19, disponível no site da confederação (www.portaldaindustria.com.br/cni). De acordo com a CNI, o movimento de desconcentração da produção industrial do Sudeste para outras regiões reflete as mudanças nos quatro segmentos industriais (indústria extrativa, de transformação, construção e Serviços Industriais de Utilidade Pública – SIUP).

Nós, do time da Águas Cuiabá e Iguá Saneamento, nos orgulhamos em fazer parte dessa nova onda de desenvolvimento. A força transformadora do saneamento movimenta diretamente dois dos três maiores pilares da indústria mato-grossense: SIUP e a construção, que respondem por 18,3% e 27,1% da produção do setor no Estado, respectivamente. Conforme dados compilados pelo Observatório da Indústria da Fiemt, serviços e tecnologia em água e esgoto e outros ramos de SIUP tiveram o maior crescimento até 2018, com alta de 1,16%, o que faz o segmento ocupar o 6º lugar no contexto nacional.

Falamos do resultado direto, mas, certamente, a ampliação do atendimento em água e esgoto à população se espraia em efeitos benéficos a vários outros segmentos da indústria, comércio e serviços, considerando sua ampla relevância social e contribuição ao ecossistema de pessoas, negócios e meio ambiente. Em Cuiabá, num amplo movimento de obras, inaugurações e mais oferta de serviços à população, isso se torna ainda mais evidente e icônico. Na dianteira do saneamento no Brasil, a Capital é a segunda com maior investimento per capita: R$ 250,06 investidos em saneamento por habitante, atrás somente de Natal-RN (R$ 250,32). O número é quatro vezes maior que a média nacional, de R$ 62,43 por morador.

Com o advento da nova concessionária de serviços públicos de água e esgoto, a partir de 2017, a Águas Cuiabá já investiu R$ 550 milhões. Para 2021, quando a pandemia irrompe seu segundo ano, R$ 200 milhões já estão programados e em franca execução. Novas redes coletoras de esgoto, a ampliação do Sistema de Esgotamento Sanitário Ribeirão do Lipa e outros projetos estruturantes fazem o saneamento, a indústria e a cidade avançarem mais em desenvolvimento, permitindo mais acesso à saúde, qualidade de vida e sustentabilidade socioambiental a milhares de famílias.

As conquistas vão além dos limites da capital. Em todo o Estado, num total de seis operações municipais (concessões públicas), quase 800 mil pessoas contam com serviços de fornecimento sob a marca Iguá, o equivalente a cerca de 25% da população urbana mato-grossense. Entregar diariamente a cada um desses clientes o melhor saneamento para o Brasil é nosso propósito.

André Silva é engenheiro civil e diretor de operações da Águas Cuiabá, empresa que integra o grupo Iguá Saneamento.

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