Opinião

Quarta-Feira, 02 de Julho de 2025, 13h39

Bruno Moreira

A trilha de Juliana Marins

Bruno Moreira

 

A morte de Juliana Marins causou comoção, tristeza e incontáveis reflexões. Em meio à dor da despedida, brota uma certeza: Juliana não foi atrás da morte. Ela buscava, com intensidade e liberdade, o que muitos de nós esquecemos em meio à rotina: a vida.

Juliana vivia com o espírito livre. Era dessas pessoas que transformam o mundo ao seu redor simplesmente por serem fiéis a si mesmas. Viajava, explorava, arriscava. Não por imprudência, mas por coragem. A coragem rara de viver de acordo com o que se acredita e com o que se ama.

Sim, sua morte nos lembra da necessidade de sermos mais cautelosos, de nos prepararmos melhor para os desafios que escolhemos enfrentar. Mas que essa lembrança não nos paralise. Que o medo, sempre legítimo, não se torne um cárcere. Que não seja um bloqueio, e sim um impulso para valorizar ainda mais o tempo que temos.

Perigo existe em todo lugar, a todo momento: no trânsito, ao subir uma escada ou ao atravessar a rua. Viver, por si só, é arriscado. E, no entanto, insistimos, porque vale a pena. Juliana não se definia apenas como alguém que fazia trilhas ou viajava o mundo. Ela era uma mulher que escolhia viver com intensidade e autenticidade.

Em uma mensagem à mãe, ela escreveu: “Eu fui criada por uma mulher que consegue resolver qualquer problema e que não tem medo de se jogar e ir atrás do que sonha. Eu sou assim também.” E é assim que devemos lembrá-la. Como alguém que acreditava nos sonhos e que, apesar dos riscos, escolhia a vida todos os dias.

Juliana vive. Que o seu legado seja um lembrete poderoso: viver de verdade exige coragem, e vale cada passo da trilha.

Bruno Moreira (@obrunocos) é publicitário e gestor de marketing.

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