Há um instante, entre o silêncio da dúvida e o primeiro passo rumo à certeza, em que o crescimento pessoal se revela. É nesse instante que, sem distrações, encaramos nossos medos e, quase sem perceber, vamos evoluindo — não apenas com base em nossos sonhos, mas também nos limites e lições que a vida nos impõe. 

A vida, essa mestra exigente, nos ensina que toda vitória — pequena ou grandiosa — cobra o seu preço. Vem disfarçada de noites mal dormidas, de angústias vividas em silêncio, de esperas que parecem infinitas. Mas quando, enfim, a conquista chega, há nela um sabor tão profundo que faz tudo valer a pena. Celebrar essas vitórias, por mais simples que pareçam, é celebrar a nós mesmos, a força que nos trouxe até aqui. 

Ao final de cada dia, é preciso fazer um pacto com a gratidão. Parar por um momento, respirar fundo e olhar para dentro: o que venci hoje? O que superei em mim? Às vezes é só um gesto de coragem, uma palavra contida, uma decisão tomada. E que essa lembrança nos inspire a traçar novos planos, pois a vida, generosa e desafiadora, sempre nos oferece uma nova manhã — e com ela, novos caminhos. 

Muitos evitam comemorar suas vitórias. Guardam-nas no silêncio, com receio de atrair a inveja ou o olhar pesado da descrença alheia. Mas há mais poder em um coração que agradece do que em qualquer “mau-olhado”. Celebrar é renovar a esperança. Agradecer é regar o campo das próximas colheitas. Quando reconhecemos o valor do que já conquistamos, reafirmamos a fé no que ainda está por vir. 

Crescer individualmente é, sobretudo, um ato de coragem. É caminhar, mesmo quando o caminho não está claro. É confiar, mesmo quando o mundo desacredita. É se levantar, dia após dia, e atender ao chamado silencioso da vida: o chamado de continuar, de persistir, de se tornar. 

Wilson Carlos Fuáh – É Especialista em Recursos Humanos e pesquisador das Relações Sociais e Políticas, Graduado em Ciências Econômicas.