Segunda-Feira, 01 de Julho de 2024, 09h20
Alexandre Mendes
Letalidade policial? Colocando os pingos nos is
Alexandre Mendes
Cinco criminosos foram neutralizados após reagirem à polícia militar em Sorriso, dias atrás. Pergunto agora. Seria essa ocorrência mais cinco mortes somadas na conta da "letalidade policial"? Seriam os policiais que participaram do confronto, doravante suspeitos de execução, considerando-se o resultado morte?
O problema dessas perguntas não reside em suas respostas: um rotundo não! Mas na própria concepção de quem as concebe, cheio do pressuposto de que o criminoso que morre é vítima potencial da polícia. Um conceito distorcido que inverte os polos policial e bandido. Esse é o erro que antecede a discussão sobre os tais 800% de aumento nas mortes que está sendo atribuído à polícia.
Frise-se, quem morre num confronto policial, em regra, atentou contra a vida de alguém que representa o Estado e defende nessa ação a vida. Logo, se há quem, quando sofre um atentado, que venha representar atentado à própria sociedade, este é o policial.
Por isso, age como extensão do Estado, do gari ao procurador, do promotor ao professor, o policial que confronta legalmente um criminoso que reage exigindo dele essa proporção técnica. Somos profissionais e pressupor a tal "letalidade policial" é erro conceitual primário.
A letalidade que querem atribuir à "polícia que mata" é, na verdade, letalidade criminal, isto é, fruto das facções e da ineficiência de todo um sistema estatal, inclusos nele, vale dizer, até mesmo quem propugna -- via cargo público -- essa falácia de que "a polícia mata".
Dizer que não há distorções e exceções é algo que não fazemos, mas daí usar a idônea instituição polícia em qualquer generalização beira má-fé.
O policial não tem o dever de dispor da vida para o criminoso evitando assim o que chamam de "letalidade policial". Quem poderia negar que nossas guarnições quando neutralizam uma ameaça, esta ameaça encontra-se armada, por vezes, até os dentes.
Quem, senão o policial, pode frear o poder que essas facções querem impor mediante a violência?
Cremos na educação como meio central de ação na segurança pública. No confronto em Sorriso dois eram menores, onde está a família?; um deles tem dezoito anos feitos recentemente, onde está o ensino técnico e profissionalizante?; dois deles são homens de vinte um anos, certamente optando pelo crime como forma de ganhar a vida.
Recomendo conhecer a verdadeira realidade, não aquela dentro dos gabinetes refrigerados, mas a nossa, do meu irmão de farda que está na ponta, que em frações de segundo precisa agir dentro dos princípios legais, protegendo a própria vida, de terceiros inocentes e a do agressor ativo. Em frações de segundo, com batimentos cardíacos altíssimos, alterações do sistema nervoso central, e claro, muitas vezes com o suor entre os olhos.
Assim, finalizo convidando todos aqueles que ainda duvidam das nossas ações à estarem ombreados conosco num exercício simulado ou, tecnicamente, em alguma ação, para justamente acompanhar e fiscalizar nossas técnicas de enfrentamento às facções criminosas.
Alexandre Mendes - Cel PM Comandante-Geral da PMMT
Pasquale | 02/07/2024 09:09:25
Além do raciocÃnio truncado e construido sob premissas duvidosas, que português sofrÃvel, hein? Meu Deus, um comandante geral da polÃcia militar não conseguir organizar as ideias de forma minimamente inteligÃvel é algo pavoroso.
Citizenship | 01/07/2024 22:10:16
"neutralizados"? O emprego desse termo na fala do comandante da corporação demonstra a vergonhosa conduta dos policiais militares, na medida em que contabilizam-se mortes, mas não quer empregar-se os termos adequados a esse fato. Além disso, a expressão letalidade é objetiva: uma ação letal é aquela que resulta em morte. Em si mesma, ela não implicaria na acusação de uma disfunção no modus operandi da PolÃcia, mas quando mensurada em proporção, convertida em indicador, comparável em sua evolução temporal, em proporção à população total e ao número de intervenções policiais, ganha conotação de uma postura correta ou incorreta da PolÃcia. Se a atuação policial resulta em Ãndices elevados de letalidade, então a PolÃcia está agindo sim de forma errônea. Se, ainda, existirem outras evidências, além do próprio Ãndice em si mesmo, de que a atuação policial serviu-se de fraudes para tentar ocultar a ação conscientemente criminosa que se tentava ocultar, então, há sim uma corrosão na conduta policial que não pode ser avalizada nem acobertada pelo comando.
Jaça MT | 01/07/2024 21:09:01
Tá fácil confirmar que tudo o que o comandante falou no artigo é verdade, ou seja, a PM de MT apenas age para proteger a sociedade ou os próprios policiais, no legÃtimo interesse público: INSTALE AS CÂMERAS NAS FARDAS!!! É simples assim! Com isso, estarão legitimados excessos de violência que se provaram necessários para preservar policiais de bem e neutralizar vagabundos. Porém, se esta medida continuar a ser evitada sem argumento racional nenhum, apenas com desculpinhas esfarrapadas, como vem acontecendo, estará evidenciado que há algo de MUITO errado com a segurança pública de Mato Grosso e que há sim condescendência com BANDIDOS de farda, que usam dinheiro e o aparato público para privilegiar interesses deles ou sabe-se lá de quem, mas não os interesses da população, que paga o salário deles e tá vendo as facções tomarem conta do estado, e isso não aconteceu da noite para o dia.
Geremias | 01/07/2024 17:05:13
Nada sei porque tanta revolta. O MPMT não acusou a PMMT. Somente investigou SUPOSTAS ações contrárias ao que é correto. Se alguém dentro de uma instituição cometer algo errado e contrário a lei, não deve ser investigado e punido, caso culpado? É muita energia gasta a toa...MT precisa de investigação e prevenção...essas malditas facções tomaram conta do Estado e o que nós (sociedade) queremos é a solução do problema e não briga entre instituições. Chega, já deu...vamos trabalhar e resolver os problemas.
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