Opinião

Sexta-Feira, 27 de Abril de 2018, 13h00

Eustáquio Rodrigues

O que é Cristianismo e o que ele não é

Eustáquio Rodrigues

 

Recentemente fui surpreendido com algumas noções enganosas acerca de cristianismo, com alguns dizendo que cristianismo é uma religião ou um conjunto de religiões e outros confundindo ou comparando cristianismo com certas teorias. Mas não se enganem: cristianismo não é, nunca foi e nunca será uma religião, visto que o próprio Jesus Cristo criticou o sentido de religiosidade dado ao relacionamento com Deus. Pois bem, se cristianismo não é religião, o que ele seria?

Cristianismo é um estilo de vida (doutrina, filosofia, credo, se assim preferirem) que segue os ensinamentos de Jesus Cristo. Tem por base o Deus Trino e Único (Pai, Filho e Espírito Santo) e o livro sagrado, a Bíblia (e apenas ela), e sua essência está em crer que Jesus é Deus encarnado, o qual, por amor, morreu na cruz e RESSUSCITOU, para que todos aqueles que se arrependessem de seus pecados e Nele cresse como o Deus Salvador da humanidade tivesse a vida eterna ao Seu lado. Nesse diapasão, o cristianismo tem na Bíblia sua fonte de conhecimento e não permite a crença em apenas “parte” dela. Ou se acredita, com fé, que a Bíblia – inteira - é a palavra de Deus transmitida por Ele aos homens e por meio de homens, ou já não estaremos falando de cristianismo. E essa mesma Bíblia é o testemunho que relata o infinito amor de Deus para com a humanidade traduzido na forma de Sua graça, ou seja, num favor que não merecemos – a salvação, por meio de Jesus, de nossas almas maculadas pelo pecado. Descrito dessa forma, o Cristianismo possui duas nuances: uma mais pura e simples, que é a parte descrita acima e outra mais complexa que engloba alguns mistérios que não conseguimos (e nem conseguiremos) desvendar. Entretanto, para nossa vida aqui nessa terra, o que importa é a parte mais simples.

Partindo do pressuposto acima, fica claro que Cristianismo não é religião (não se reduzindo, portanto, ao catolicismo, ao protestantismo, ao espiritismo, etc.) embora muitas denominações (religiões) se apropriem da base bíblica e se aproximam – umas mais, outras menos, enquanto outras estão bem longe – dos ensinamentos de Jesus. Nenhuma religião foi fundada ou divulgada por Jesus e nenhuma delas tem seu nome citado na Bíblia. Quanto mais próximas dos ensinamentos de Cristo, mais séria, respeitável e amorosa é a igreja. Quanto mais picareta, mais gananciosa e mais impiedosa é uma igreja, mais distante ela está desses mesmos ensinamentos, pois o objetivo primordial e fundamental de uma igreja cristã é propagar o Evangelho (as Boas Novas de Cristo) e não arrecadar dinheiro, embora a oferta e o dízimo sejam atos legítimos e necessários, desde que sem constrangimentos e obrigatoriedade.

O cristianismo se difere das outras duas grandes crenças mundiais e monoteístas, quais sejam: O Islamismo e o Judaísmo. A primeira crê em Jesus apenas como mais um profeta, negando sua divindade e centraliza sua fé em Maomé; o segundo ainda aguarda a vida do que eles acreditam ser o verdadeiro Cristo, também extirpando de Jesus sua origem divina. Por óbvio, o Cristianismo também se difere do ateísmo e do politeísmo. Ateístas são aqueles que (talvez por preguiça mental) não acreditam na existência de Deus, atribuindo a criação de todo universo, da vida e da inteligência (consciência) ao acaso; os politeístas são aqueles que creem na existência de vários deuses, cada um com determinada atribuição e variados níveis de poder, não existindo um Deus supremo. Cristianismo também não se confunde com a teoria do Dualismo, visto que esta teoria acredita que há duas forças iguais e independentes lutando entre si, o Bem e o Mal, porém se esquece que o Bem pode subsistir em si mesmo, já o Mal não consegue ter existência em si.

Em resumo, tem-se que Cristianismo é algo que possui sua centralidade em Cristo e apenas Nele, não dando margem a protagonismo de qualquer outro ser humano, do mundo eclesiástico ou não, sejam reis, presidentes, bispos, papas, pastores, reverendos, padres, diáconos, presbíteros, coroinhas, monges, santos, imagens, etc. É algo que se manifesta sobretudo em atitudes e não apenas palavras. Não basta apenas obras, não basta apenas fé, pois “a fé sem obras, é morta”. O verdadeiro cristianismo se manifesta em atos de amor, em caridade, em compaixão, em perdão, em arrependimento e tudo isso feito com a fé em um Deus que nos amou primeiro e nos compele a amar, se regozijando com isso. O verdadeiro cristianismo crê em um Deus que, por meio da nossa fé e por ato do Espírito Santo, aperfeiçoa a nossa imperfeição a cada dia, com infinita misericórdia, mesmo sabendo que nunca seremos perfeitos, mas que, justificados por Cristo, continuaremos seguindo para o alvo que é apenas e tão somente ELE.

Eustáquio Rodrigues Filho é CRISTÃO, Servidor Público e Autor do livro “Um instante para sempre”.

Comentários (9)

  • WEVERSON BATISTA DE OLIVEIRA |  27/04/2018 23:11:44

    O problema das pessoas que pertecem ao mundo, não quererm ouvir a verdade, pois a Bíblia Sagrada é a verdade ela como um manual para os Cristãos de verdade, à seguem e vivem-na, ja os que não estão nesta dimensão se alegram com as felicidades que este mundo oferece, o problema é que depois da felicidade vem a morte, e esta morte é eterna. Não creêm em João 14:06 onde Jesus diz: "Eu sou o caminho a Verdade e a Vida, ninguem vem ao pai se não por mim". Mas antes os que pertecem a este mundo preferem entrar pela porta larga, que é o caminho da Perdição, Mateus 07:13 ao 14: "Entrai pela porta Estreita porque larga é a porta e espaçoso é o caminho que leva para a perdição e muitos são os que entram por ela. 14: Porque estreito é a porta e apertado é o caminho e que levam a vida (leva a Jesus), e são poucos o que entram por ela. Diante disso, as pessoas gostam de ser acomodadas e escutar somente aquilo que massageia ou agradam os seus ouvidos, pois a verdade confronta e desagradam seus egos e seus ouvidos. Acreditem na Palavra de D'us, pois bem aventurado são aqueles que CRÊ sem ver (João 20:29).

  • Ângelo  |  27/04/2018 22:10:40

    Além de escrever merda sobre política, resolveu virar "professor de Deus" ... te enxerga ignorante !

  • Regina Balata  |  27/04/2018 19:07:56

    Parabéns Eustáquio muito

  • Regina Balata  |  27/04/2018 19:07:44

    Parabéns Eustáquio muito

  • Eustaquio |  27/04/2018 17:05:59

    Olá Rafael, não costumo comentar os "cometários", mas como eu sei de sua índole e conhecimento, vão algumas correções: o termo cristão foi cunhado pela primeira vez em Atos 11:26, por conseguinte pode-se afirmar que ali nasceu o termo Cristianismo. Visto que Atos foi escrito entre 70 dC e 90 dC, e o imperador Constantino é do século 3/4, não se pode dizer que Constantino fundou o Cristianismo.

  • Rafael Costa Neves |  27/04/2018 15:03:26

    Bacana, Eustáquio!!! Sugiro que o autor leia "Porque eles deixaram a batina". Brincadeira. Mas sugiro mesmo que acessem ao link do vídeo no youtube . Pois gosto da ideia de que o cristianismo é uma religião como todas as outras - pois implicam na ação e comportamento do homem para se RELIGAR ao divino. Seu fundador foi o imperador romano Constantino e não Pedro, como sugere a igreja católica. Já o evangelho, como doutrina ensinada por Jesus, realmente não se enquadraria no conceito de religião, pois implica na lógica contrária à todas as religiões: o divino se RELIGA à humanidade por meio do Cordeiro de Deus, o Cristo.

  • Flack |  27/04/2018 14:02:52

    Cristão de esquerda é igual judeu nazista

  • Rogério |  27/04/2018 14:02:50

    Texto perfeito. Parabéns Eustáquio. Essa é a essência o resto é conversa mole.

  • Oswaldir Rodrigues  |  27/04/2018 13:01:40

    Sugiro ao autor a leitura do livro "PORQUE SOU CATOLICO" do Prof. Felipe Aquino. Neste livro o autor discorre com fatos historicos sobre a Igreja de Cristo - Cristianismo não é estilo de vida. Cristianismo é RELIGIÃO.

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