Segunda-Feira, 18 de Novembro de 2019, 08h50
Irajá Lacerda
Projeto de lei deverá atrair recursos para o agronegócio brasileiro
Irajá Lacerda
Modernizar o crédito rural, atraindo recursos do Brasil e do exterior para financiar o agronegócio no país. Com essa proposta, a Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei 7.734/17 e regulamentou a emissão de títulos do agronegócio em moeda estrangeira e com cláusula de correção cambial.
A proposta, de autoria do Poder Executivo, altera a Lei 8.929/94, que institui a Cédula de Produto Rural (CPR) e a Lei 11.076/04, que dispõe sobre o Certificado de Depósito Agropecuário (CDA), Warrant Agropecuário (WA), Certificado de Direitos Creditórios do Agronegócio (CDCA), Letra de Crédito do Agronegócio (LCA) e Certificado de Recebíveis do Agronegócio (CRA).
A CPR é um título representativo de promessa de entrega de mercadorias, o CDCA inclui os fornecedores de insumos, maquinário e a própria indústria alimentícia como participantes da cadeia do agronegócio. Já o CRA é emitido por empresas que transformam dívidas em títulos do mercado financeiro como forma de investimento, para financiar o setor agrícola.
Sempre é bom lembrar que o agronegócio é uma das principais atividades do país e responsável por boa parte da economia brasileira, representando cerca de 23% do PIB nacional. Além disso, o Brasil é conhecido mundialmente por ser um grande produtor de grãos, carne, açúcar, café, entre outros produtos, o que estimula o interesse de investidores estrangeiros.
Nesse cenário, Mato Grosso se destaca há vários anos como grande potência nacional, sendo o maior produtor de grãos e rebanho bovino do país. Segundo dados do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), atualmente, o agronegócio é responsável por 50,5% do PIB do estado.
Diante dessa relevante produção, é importante dispor da operacionalização das transações no mercado nacional e da entrada de recursos estrangeiros dispostos a investir em títulos do agronegócio, já que muitas vezes isso não ocorre em função das incertezas em relação às exigências tributárias e flutuação cambial.
A proposta, que tramita em cará ter conclusivo na Câmara dos Deputados, ainda passará pela análise das Comissões de Finanças e Tributação e de Constituição e Justiça e de Cidadania.
*Irajá Lacerda é advogado e presidente da Comissão de Direito Agrário da OAB-Mato Grosso, presidiu a Câmara Setorial Temática de Regularização Fundiária da AL/MT e-mail: irajá.lacerda@irajalacerdaadvogados.com.br
Marcos Barriga | 19/11/2019 08:08:17
A grande concentração de terra nas mãos de poucos produtores só aprofunda as desigualdades do paÃs. Hoje pode ser que seja o maior produtor de grãos, mas se não diversificar a matriz econômica, qual o legado quando a demanda acabar? Que tal incentivar a agricultura familiar ou o beneficiamento da produção?
Coops Day: Cooperativas constroem um mundo melhor
Sábado, 12.07.2025 16h23
O papel das cooperativas nos desafios globais
Sábado, 12.07.2025 14h39
Depois da Transformação Digital: A Revolução da Consciência Sistêmica
Sábado, 12.07.2025 13h36
Avanços, riscos e desafios da nova Lei Geral do Licenciamento Ambiental
Sábado, 12.07.2025 13h19
Poder e luta de classes no século XXI
Sábado, 12.07.2025 13h18