O advogado Silvio Eduardo Polidorio, responsável pela defesa da grávida Bruna Felsk, de 26 anos, que matou a tiros o pai e o irmão da amante do marido, classificou o duplo homicídio como uma "infelicidade". A exemplo de Bruna, que foi ouvida na Polícia Civil sobre o crime cometido na tarde do último sábado (22) e alegou ter agido em legítima defesa, o jurista pretende sustentar essa mesma tese no decorrer da investigação ainda em andamento na delegacia de Terra Nova do Norte (663 km de Cuiabá). 

Bruna Felski matou o idoso Genuir de Barros, de 67 anos, e o filho dele, Marcelo de Barros de 37 anos, com vários tiros de pistola, na casa das vítimas, onde ela foi juntamente com sua mãe tirar satisfação com a farmacêutica Marciele Barros, por ter mantido um relacionamento com João Rodrigo Custódio, de 55 anos, marido de Bruna. Marciele era filha de Genuir e irmã de Marcelo, ambos mortos a tiros que saíram da arma pertencente a João Custódio, marido da atiradora. 

Na versão de Bruna Felsk, sua reação ao buscar a arma na caminhonete do marido e atirar primeiro contra Marcelo e depois contra Genuir, foi em legítima defesa pois ela estaria sendo agredida por Marcelo e acreditava que seria morta por ele.

A versão do advogado de Bruna foi divulgada pelo Programa do POP, exibido na TV Cidade Verde, nesta quarta-feira (26). “Tudo que aconteceu foi uma tremenda infelicidade. Um motivo nobre, buscar um auxílio para tentar restabelecer o seu casamento e pra que Marciele, que tinha tido um caso com seu marido, deixasse o casal em paz", relatou o advogado.

Em seguida, continuou relatando a versão apresentada por sua cliente. "O irmão da Marciele então teria derrubado a Bruna no chão e agredido com socos e pontapés. O pai dela ainda tentou ajudar mas não conseguiu conter as agressões de Marcelo. A Bruna então foi até o carro e atirou primeiro contra Marcelo no intuito de defender a sua integridade e a do seu pai pois Marcelo a todo momento tentava tirar o facão da mão de seu pai. Logo depois ela atirou na outra vítima que tentou intervir. Nesse passo acreditamos que tudo que aconteceu foi uma infelicidade”. reforçou Eduardo Polidorio. 

Depois de sustentar perante a Políca Civil sua versão de legítima defesa, Bruna Fesk também usou uma rede social para expor sua versão sobre a confusã que terminou no duplo homicídio. Apesar disso, seu perfil no Facebook foi desativado após a enorme repercussão do crime que também envolve o pai e a mãe de Bruna, ambos também envolvidos na confusão, pois foram até a casa da amante e ajudaram a filha a agredir a farmacêutica.

Na postagem feita por Bruna, ela afirma que encontrou primeiro Genuir Barros, pai da suposta amante Marciele. Logo em seguida, conta que a amante chegou no local bastante alterada e iniciou uma discussão. No meio da confusão, o pai e o marido de Bruna teria chegado em uma caminhonete Triton de cor branca e chamaram a suspeita para voltar para o carro.

Momentos depois, Bruna explica que o irmão de Marciele teria dado um soco no rosto da sua mãe. Nesse momento o pai dela saiu com um facão na mão para defender a esposa. O irmão de Marciele então partiu pra cima do pai de Bruna. Nesse momento ela teria ido até a caminhonete e pegou a pistola e efetuou os disparos. O caso segue sob investigação da Polícia Civil que vai promover a reconstituição simulada dos fatos para ajudar a esclarecer vários pontos apresentados pelas testemunhas que já foram ouvidas.