Polícia

Sexta-Feira, 12 de Julho de 2019, 16h07

Amigo da família, informante é considerado frio e calculista em VG

YURI RAMIRES

Gazeta Digital

William Neto Leite, quarto suspeito preso pela morte da servidora pública Sandra Regina de Siqueira, foi classificado como um “criminoso frio e calculista” pela delegada Elaine Fernandes, da Delegacia de Roubos e Furtos de Várzea Grande, que comanda as investigações do crime. A prisão aconteceu na manhã desta sexta-feira (12) e causou uma comoção, já que William é filho de uma das melhores amigas da vítima e tinha uma relação direta com a família. 

“Era considerado da família, viajavam juntos, faziam confraternização e ele sabia a rotina da casa, então ficou facil repassar as informações aos comparsas”. 

Durante a articulação do crime, os suspeitos passaram várias vezes na porta da casa da vítima, estudando o local e também se reuniram em conveniências de postos de gasolina para traçar as estratégias.  “Ele vai responder por latrocínio consumado e associação criminosa. Sabia de tudo, preparou e planejou, vai responder pelos mesmos crimes que seus comparsas”. 

Quando apresentado à imprensa, William disse estar arrependido, pediu perdão à família da vítima e também para a mãe, quem ele disse amar. Afirmou ainda que desconhecia o comparsa, mas que foi procurado por um deles via WhatsApp, para trocar uma ideia sobre possíveis vítimas. "Ele foi procurado pelo Maikon Douglas Alves dos Santos – que já está preso -, que pediu um canal, um local para eles cometerem o crime. Ele disse que sabia de uma mulher que guardava R$ 40 mil em joias em casa”, disse a delegada. 

Foi aí que Sandra foi apresentada ao grupo como vítima. “Ele confessa a prática do crime, é bastante frio e fala com naturalidade que o Maikon pediu as informações e ele passou mesmo”. A delegada derruba ainda a tese de que ele é instrutor de autoescola. “Isso é fachada, ele sobrevive mesmo do crime”. 

Quando o crime passou a ser divulgado, conforme a delegada Elaine, William passou a temer pela prisão. “Inclusive, a esposa dele relatou um comportamento estranho e que na quinta-feira (11), foi dormir em um hotel”. 

“Ele já possui passagens por roubo majorado e receptação e já foi condenado por porte de arma de fogo, estava em regime semiaberto e continua agindo dessa forma, debochando das instituições de segurança pública”, conta Fernandes.

Para ela, William deve ficar preso por um bom tempo, já que “não está preparado para viver em sociedade”. O inquérito do crime será finalizado nesta sexta-feira e encaminhado ao Fórum de Cuiabá. 

Já o último suspeito, apontado como apoio do grupo – isso é, quem dirigia e fazia o transporte dos criminosos e dos produtos roubado –, deve ser preso nas próximas horas, conforme a delegada.  Além de William, seguem presos: Maikon Douglas, André Luiz Gomes e Jordão Rodrigues Neto.

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