Polícia

Sexta-Feira, 15 de Outubro de 2021, 17h00

IDA A PSIQUIATRA

Após polêmicas, jornalista aceita tratamento; médico aponta "transtorno moderado"

Nildes Souza protagonizou episódios polêmicos desde a última segunda-feira

LETICIA KATHUCIA

Da Redação

 

A jornalista Nildes Souza, que se envolveu em polêmicas na noite cuiabana desde o início desta semana, foi atendida pelo médico psiquiatra Gleisson Libardi. Ela foi acompanhada da irmã e do 3º sargento Laudicério Aguiar Machado, presidente da Associação de Cabos e Sargentos. A informação foi confirmada ao FOLHAMAX pela irmã da jornalista.

De acordo com a irmã de Nildes, depois de muita insistência por parte família, ela finalmente aceitou passar por atendimento médico. Nesse primeiro momento, o psiquiatra disse à família que a jornalista precisa voltar a tomar a medicação corretamente e evitar o consumo de bebida alcoólica. A própria jornalista admitiu à Polícia Civil que tem transtorno de bipolaridade.

O médico disse ainda que o transtorno da mulher é "moderado" e pode ser facilmente controlado. Para isso, ela deve evitar o consumo de bebida alcoólica. 

Além do tratamento com médico indicado pelo presidente da Associação ligada a militares, o Poder Judiciário também oferece ajuda psicológica à jornalista. 

O juiz João Bosco Soares da Silva, da 10ª Vara Criminal de Cuiabá, disponibilizou a equipe multidisciplinar do Fórum de Cuiabá (assistente social e psicóloga) para que se identifique possíveis problemas e o encaminhamento que deve ser dado neste caso. Ele também irá conversar com a família e descobrir quais as necessidades dela.

O Poder Judiciário tem o Projeto Justiça Terapêutica e o próprio Juizado Especial Criminal (Jecrim), que podem auxiliar nos tratamentos necessários. O magistrado quer minimizar o risco social a que ela está exposta.

Em relação a punição a ela por descumprimento das medidas impostas na audiência de custódia - uso de tornozeleira, proibição de frequentar bares e de consumir bebida alcoólica -,  o magistrado diz que ainda não foi comunicado no processo. Ele optou, então, por acionar o MP a fim de se produzir provas de forma oficial da quebra das medidas Judiciais. 

O caso

A primeira polêmica de Nildes ocorreu na noite de segunda-feira. Na ocasião, ela foi presa após jogar bebida no rosto de um policial militar num bar na Praça Popular. Ficou detida até no dia seguinte, quando passou por audiência de custódia, onde ganhou liberdade com uso de tornozeleira eletrônica e outras proibições, além de pagamento de fiança.

Na noite de quarta, a jornalista voltou a Praça Popular. A PM foi acionada pelo presidente da Associação de Cabos e Soldados, e conduziu ela até a Central de Flagrantes. Como descumprimento de cautelar necessita de decisão judicial para a acusada ser detida, foi liberada pela Polícia Civil sem necessidade de passar pela custódia. Após sair da delegacia, Nildes retornou à Praça Popular, mas deixou a região após ser alertada por um vendedor de balas. Já durante a madrugada de quinta-feira (14), a mulher voltou a ser notícia após brigar com um homem na região do Zero Quilômetro, em Várzea Grande.

Após esse episódio, o debate sobre sua saúde mental ganhou força. A Associação de Cabos e Soldados conseguiu arrumar um psiquiatra para consultá-la e recebeu aval da família. Contudo, além de não saber seu paradeiro, necessita de decisão judicial para um tratamento involuntário.

Na noite de ontem, ela esteve nas imediações da Arena Pantanal onde foi "saudada" pela torcida do Cuiabá Esporte Clube. 

Histórico

Protagonizar confusões em locais públicos, parece não ser novidade na vida da jornalista Nildes de Souza de 37 anos. Nesta sexta-feira, circulou pelas redes sociais um vídeo, que segundo confirmado ao FOLHAMAX pela própria família, foi gravado há cerca de dois anos. Nas imagens, ela aparece saindo às vias de fato com outra mulher, dentro do Shopping dos Camelôs, localizado na região Central de Várzea Grande.

 

 

 

Comentários (7)

  • Raul |  16/10/2021 13:01:49

    Zé da lata, vivia arrumando confusão no centro de Cuiabá, esse doido , ficou por muito tempo xingando, ofendendo, dando susto e medo as crianças e pessoas que passavam pelo centro de Cuiabá, não lembro dessa mobilização da sociedade cuiabana, para trata-lo, ah já sei , não era branco, nem loira, nem classe média, e por última, perceberam ,que ela nao escorregou no banheiro da delegacia e nem se debateu na viatura... Rapaz tem mais doido na cidade precisando de ajuda

  • Rogerinho |  16/10/2021 10:10:48

    Cinta já resolveria o problema,e algumas semanas no Pascoal Ramos curaria em definitivo.

  • ssasa |  16/10/2021 06:06:40

    mato grosso não tem clinica de internação para esses casos...

  • Sociedade sofrida |  15/10/2021 22:10:40

    Essa esta igual buraco de tatu

  • Izildinha martins  |  15/10/2021 20:08:17

    A associação da Polícia Militar ao invés de defender os seus pares, deixa demonstrado o total desrespeito. Uma vez, que é sabido que nas Polícias e, na militar, especialmente, por ser ostensiva, há um grande número de policiais com graves problemas de ordem psiquiatrica que, sequer tiveram ou tem um tratamento pago pela associação. A associação se deve ater aos seus pares e associados e não em favor de uma pessoa que sai por ai para ganhar seus minutos de fama e depois alega transtorno bipolar. Achei uma total falta de respeito com os policiais que estão nas ruas ostensivamente, guardando a sociedade e, principalmente, com o policial que recebeu a "cerveja" em seu rosto, enquanto em trabalho, sendo humilhado na frente de todos e a associação ao invés de acolher o policial acolhe o agressor. É uma inversão de valores tamanha.

  • MARIA TAQUARA |  15/10/2021 18:06:15

    Cada notícia só comprova a hipocrisia generalizada. O transtorno dela é moderado, depende dela não beber, ou seja, tem que tomar vergonha na cara. Entretanto, como é branca e loura, todo mundo se reuniu para ajudar a dama com falta de vergonha na cara

  • Valteir |  15/10/2021 17:05:27

    Será que fosse Zé, Maria, João, antanho estaria tendo em mesmo tratamento? Será que não estaria no cadeião? A mulher faz barraco onde passa e ainda tem tratamento oferecido por diversos órgão. Parabéns. Que sirva de lição pra nós.

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