Chá revelação, supostas ultrassonografias, trechos bíblicos e vídeos exibindo o “barrigão” de grávida foram publicados no perfil de Tik Tok de Nataly Helen Martins Pereira, de 25 anos, suspeita de ter atraído a adolescente Emilly Azevedo Sena, de 16 anos, que estava gestante de nove meses, foi morta e teve o bebê arrancado de seu ventre nesta quinta-feira (12), em Cuiabá. Além da jovem, o noivo dela, Christian Albino Cebalho de Arruda, que é chef de cozinha, e outros dois homens são suspeitos de terem participado do crime bárbaro. 

Com quase 1,7 mil seguidores nas redes sociais, Helen publicava vídeos sobre a gestação que estaria vivendo. Num deles, a jovem conta que era laqueada, mas que o procedimento “falhou”. Há registros do dia em que foi pedida em casamento por Christian, em 12 de maio de 2024, além do chá revelando o sexo do filho do casal, no dia 05 de outubro do mesmo ano. A bebê já tinha até nome escolhido: “Denise Cecília. 

Em outro vídeo há imagens de ultrassonografias 3D, procedimento onde é possível se ver melhor o rostinho do bebê. Passagens bíblicas também aparecem no perfil. Publicação com um varal cheio de roupas de menina também pode ser visto. Há filmagens onde Christian aparece simulando uma troca de fraldas em um urso de pelúcia no dia 16 de janeiro deste ano. "Papai de primeira viagem trocando fralda. O final é o melhor", publicou. 

Conforme já noticiado por FOLHAMAX, Nataly Helen teria atraído a vítima à residência, no bairro Jardim Florianópolis, sob a alegação que faria uma doação de roupas para a recém-nascida. Outros dois homens, ainda não identificados, também foram presos no local do crime.

O casal foi preso no Hospital e Maternidade Santa Helena, na Capital, ao tentar registrar a bebê como filha deles. Momentos antes, Christian publicou um vídeo nas redes sociais anunciando o nascimento da suposta filha. “Seja bem-vinda, minha filha”, diz Christian em uma publicação de storie – publicação no Instagram que some após 24 horas.

A jovem foi vista pela última vez na manhã de quarta-feira no bairro Eldorado, em Várzea Grande, quando saiu de casa para buscar doações de roupas para a bebê. Conforme informações do Núcleo de Desaparecidos da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), logo após a adolescente desaparecer, um casal se apresentou no Hospital Santa Helena, na capital, solicitando uma declaração de nascimento de uma menina, alegando que a criança havia nascido em um parto domiciliar.

Por volta de meio-dia desta quinta-feira (13), equipes da Polícia Civil encontraram o corpo de Emilly enterrado com a barriga aberta, braços amarrados para trás e com marcas de enforcamento enterrado nos fundos do quintal da residência do casal. O corpo da adolescente irá passar por exames de necropsia no Instituto Médico Legal (IML). Os supeitos, assim como Emilly e sua mãe, Ana Paula Meridiana, irão realizar por exames de DNA para confirmar que a recém-nascida é filha de Emilly.