Um grupo criminoso ligado ao Comando Vermelho (CV-MT) está sendo investigado por extorquir garimpeiros em Aripuanã (948 km de Cuiabá). Um comunicado, que traz supostas diretrizes de como funciona esse "contrato" de cobrança, circula em grupos de WhatsApp e foi repercutido no Programa do Pop, da TV Cidade Verde, na terça-feira (8).

Conforme as informações, os garimpeiros que são legalizados são obrigados a repassar o valor de 1% sobre o valor de cada nota fechada e, em caso de venda, a taxa cobrada é de 2%. O tenente-coronel Hender, comandante do Comando Regional, informou que a Polícia Militar, ao tomar conhecimento de possíveis extorsões realizadas por facções criminosas através de aplicativos de celular, imediatamente determinou que equipes de inteligência realizassem trabalhos na região com o intuito de descobrir quem são as pessoas, além de aumentar ainda mais a sensação de segurança na região.

"O policiamento foi aumentado na região dentro da operação Tolerância Zero. Estamos realizando operações para descobrir quem são essas pessoas, porque aqui em Mato Grosso facções criminosas não proliferam. A população pode contar com a Polícia Militar. Estamos aqui para servir e proteger", afirmou.

Em setembro de 2024, foi executado, em um posto de combustíveis no bairro Cidade Alta, em Aripuanã, o garimpeiro José Esponton, de 46 anos, conhecido pelo apelido de "Zé Gavião". Ele também era temido na região e líder de um garimpo.

A do garimpeiro pode ter sido morto no contexto de extorsão e disputa entre grupos criminosos rivais. As investigações seguem em andamento.