Polícia

Terça-Feira, 12 de Novembro de 2024, 09h39

ARRANCADA

Família cobra Justiça após morte de cantora trans em MT

PC suspeita que Santrosa foi executada por facção

G1 MT

 

A cantora transexual conhecida como Santrosa, de 27 anos, foi velada na capela municipal de Sinop, a 503 km de Cuiabá, nesta segunda-feira (11). A artista foi encontrada decapitada, com as mãos e pés amarrados, no domingo (10), um dia após desaparecer.

Durante o velório, o pai da vítima, Cristóvão da Rosa, afirmou estar indignado pela morte da filha. Já a mãe de Santrosa, Nilda Salete dos Santos, pediu justiça e que os responsáveis sejam punidos pelo crime. "Agora só espero justiça. Que a justiça seja feita e que os culpados paguem pelo o que fizeram", declarou.

O amigo Jean de Souza Ortiz enfatizou a importância do trabalho dela enquanto ativista da causa LGBTQIAPN+ e do legado que deixou. "Santrosa era um símbolo da nossa comunidade, que sempre lutou por tudo e por todos e o que ela deixa agora é o seu legado", disse.

A Polícia Civil informou, na segunda-feira (11), que descartou a possibilidade da cantora ter sido morta por transfobia. Segundo o delegado da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Braulio Junqueira, a principal linha de investigação sobre a motivação do crime é de que a vítima foi morta por integrantes da facção Comando Vermelho (CV).

O assassinato, de acordo com as investigações, teria sido em retaliação a uma suspeita de criminosos de que Santrosa estaria repassando informações sobre a facção a outras pessoas, que ainda não foram identificadas. Ainda de acordo com o delegado, não se sabe se Santrosa estaria ligada a alguma organização criminosa ou se passava informações do CV à facção rival ou para autoridades políticas, já que ela era suplente de vereador pelo PSDB pela primeira vez na cidade.

Amigos da vítima também disseram à polícia que após se envolver na política, Santrosa "ficou assustada com o que acontecia" na região. Até o fim da noite de segunda, nenhum suspeito havia sido identificado ou preso pela polícia.

Santrosa morava com o pai. No sábado (9), ela participaria de dois eventos e foi vista pela última vez no período da manhã.

Quando o pai voltou para casa, por volta de 18h, encontrou a porta da casa semiaberta e o ambiente bagunçado. Segundo ele, alguns objetos também desapareceram do local.

De acordo com a Polícia Civil, Santrosa foi encontrada com as mãos e pés amarrados e decapitada em uma região de mata. Em nota, a Associação da Parada do Orgulho LGBTQIA+ de Mato Grosso informou que acionou o Grupo Estadual de Combates aos Crimes de Homofobia (GECCH) e que cobrará as autoridades a apuração para revelar os culpados. Candidata a vereadora nas eleições municipais de 2024 pelo Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), Santrosa recebeu 121 votos válidos e estava como suplente.

A cantora também tinha um canal no YouTube com 4,1 mil inscritos onde publicava clipes de músicas interpretadas por ela. Na política, defendia pautas voltadas ao fomento e acesso a cultura para comunidades periféricas do município de Sinop.

Comentários (5)

  • Fabricio |  12/11/2024 12:12:55

    Agora quer justiça ne. A hora que ela tava traficando drogas, tava tudo certo. As famílias das vítimas de vidas que ela acabou com a droga que ela vendia, TB deveriam cobrar justiça agora.

  • ainda bem que nasci em 70 |  12/11/2024 11:11:27

    Cobra dos faccionados , esse crime de "genero" . Passarinho que acompanha morcego acorda de cabeça pra baixo.

  • garastazul@bol.com.br |  12/11/2024 10:10:54

    Legado... deixou foi uma boca de fumo ........... ta de brincadeira (a merda da midia ainda da espaço)

  • João Batista  |  12/11/2024 10:10:53

    Pagou o preço de ser bandido... ESCOLHA PESSOAL

  • Cidadão de bem |  12/11/2024 10:10:05

    A pessoa entra pro mundo do crime por pura opção safadeza sem vergonhice e a culpa é da justiça da polícia vão tomar dentro do cu tá achando que os outros são idiotas para de vitimismo porra

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