Uma força-tarefa entre Polícia Federal, Polícia Civil e Polícia Militar deflagrou a segunda fase da Operação Dissidência, nesta quarta-feira (8), para cumprimento de 12 mandados de prisão em cidades da região Norte do Estado. Os policiais investigam integrantes de facções criminosas envolvidos em homicídios, torturas e tráfico de drogas.

Foram presos hoje Auzelia Fabiano de Oliveira, Ariane Rodrigues Schmidt, Juvenilson dos Santos Martins, Cariny Alves Monteiro, Giseli Ieda Benitez de Farias e Luís Marcos Rodrigues. Juvenilson, que é conhecido como "Mister Tripa", é jornalista e atua na cidade de Peixoto de Azevedo.

Antes de ser detido, ele gravou um vídeo e alegou que está sofrendo persgeuição por investigar parlamentares da cidade. Ele citou nominalmente a presidente da Câmara, vereadora Rosângela de Matos Dias.

Três alvos já estavam presos e sofreram novos mandatos: Lucas Emanuel Ferreira Trindade "Maligna", Eduardo Pereira Cabral e Wesley Silva Sousa "Cabeça de Porco". A primeira fase da operação, deflagrada no ano passado, prendeu 30 pessoas ligadas a grupos rivais, sendo 22 mandados de prisão. Também foram efetuadas oito prisões em flagrante.

O nome da operação se refere à rivalidade entre os integrantes da organização criminosa que não concordavam com o comando da facção em Sorriso, de acordo com a Polícia Federal. Por isso, eles saíram do grupo, que ocasionou aumento de homicídios no município.

Em agosto do ano passado, uma força-tarefa da Polícia Federal, Polícia Civil, Polícia Rodoviária Federal e Polícia Militar deflagrou a primeira fase da Operação Dissidência. Em Sorriso, a polícia informou que a guerra entre facções pela disputa da venda de drogas havia aumentado em 450% o número de homicídios no município, com base em dados do mês de julho de 2022, o que levou os policiais a iniciarem as investigações na região. Os mandantes dos crimes operavam de dentro do sistema penitenciário, de acordo com a polícia.