Polícia

Quarta-Feira, 02 de Julho de 2025, 21h40

PROVA DE AMOR

Jovem assume ser dono de estufa de maconha e livra namorada

Casal de universitários foi alvo da Operação Wersten; homem foi solto na custódia

BRENDA CLOSS

Da Redação

 

O estudante de Medicina Veterinária, José Ferreira Barcellos Filho, de 23 anos, assumiu que a estufa de maconha encontrada num imóvel no bairro da Manga, em Várzea Grande, era somente de sua propriedade. A confissão, feita ao juiz Wladymir Perri, da 3ª Vara Criminal, acabou "livrando" a namorada dele, Amanda Lazzareti Aguiar, de 21 anos, de ser autuada pela Polícia Civil. 

Ao mesmo tempo, José Ferreira admitiu que Amanda Lazaretti sabia do cultivo da planta. "Soma-se a isso a confissão do conduzido José Ferreira de Barcellos Filho, alegando que toda a apreensão é de sua propriedade e que Amanda Lazarreti Aguiar, em que pese ciente dos fatos, jamais efetuou qualquer conduta típica ou auxílio para tal. José Ferreira  aparenta ser imputável, logo, se sujeita às normas do Código Penal e legislação correlata, sem restrição", diz trecho da decisão judicial.

O casal foi conduzido à delegacia na última quinta-feira (26) após a residência ser arrombada pela Polícia Civil durante a Operação Wersten. Na oportunidade, os agentes localizaram "consolidada estrutura" para cultivo de maconha (cannabis sativa).

Segundo o relatório da PC, nas buscas, constatou-se que o imóvel possuía vários cômodos e, em praticamente todos, havia enorme quantidade de vasos e materiais químicos (insumos e fertilizantes) direcionados para o cultivo da planta. Apesar da descoberta pelos agentes que cumpriram o mandado de busca e apreensão na residência, Amanda sequer chegou a ser presa.

Foi ouvida e liberada. "Quanto à Amanda Lazzaretti Aguiar, considerando a ausência de elementos concretos de participação da empreitada criminosa e sua postura colaborativa, não se justifica a atuação, devendo ser ouvida como testemunha e liberada logo após com seus pertences", destacou o juiz. 

Já o namorado dela, José Ferreira, foi solto após passar por audiência de custódia. Ele foi posto em liberdade por alegar que cultivava a "erva" para fins medicinais. O jovem apresentou uma prescrição médica que indicava o uso de cannabis sativa "in natura" para o tratamento de depressão e ansiedade. 

"A mera coabitação não implica automaticamente em participação criminosa. O princípio da presunção de inocência e a necessidade de elementos concretos de participação impedem a autuação baseada apenas na convivência, especialmente considerando a sua postura colaborativa durante a operação", enfatizou o magistrado. 

No despacho, o magistrado destacou que não há problema legal em cultivar cannabis para uso medicinal, desde que seja autorizado pela União. Como isso não foi feito, o cultivo para fins medicinais não poderia ser considerado ilegal. O juiz entendeu que o caso é atípico e não configura crime. 

amanda lazzareti e jose barcelos, secretaria mauren

amanda lazzareti e jose barcelos, secretaria mauren

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Comentários (7)

  • Maria |  04/07/2025 09:09:18

    O BICHA FEIA HEIM, TEM QUE USAR DROGA MESMO PRA PEGAR

  • URSULA |  03/07/2025 11:11:56

    Acho engraçado essa história de "fins medicinais" para marmanjo desse tamanho, porque quando se trata de remédio à base de canabidiol precisa de autorização até do papa para se ter acesso.

  • paulo |  03/07/2025 11:11:33

    Manda quem pode, obedece quem tem juizes

  • JOSÉ |  03/07/2025 09:09:59

    Também vou pagar para um medico me dar um papel para fins medicinais e posso plantar e usar maconha na minha casa kkkkkkkkkkkkk se branco pode o preto também pode uai, esse Brasil cada dia vai mais pra trás com essas coisas kkkkkkk pode voltar daqui uns 20 dias na casa desse maconheiro que vai ta cheio de maconha novamente kkkkkkkkkk ai vai alegar novamente que é remedio pra stress kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

  • Dito do porto |  03/07/2025 07:07:17

    DITO DO CEU, SERA QUE ESSES 2 FUMAVA O BRAUUU??? RSRSRSRS

  • Mixtense  |  03/07/2025 06:06:21

    Depois falam que dinheiro e influência não trazem felicidades. O caso foi "abafado" pela questão da mãe da jovem. Vai un José e Maria da periferia ou classe média. Era do cisc, para audiência de custódia e posteriormente presídio feminino e masculino respectivamente. Se o MP não recorrer, ai demonstra que esta tudo em imparcialidade com a sociedade.

  • Lazinho  |  02/07/2025 23:11:15

    Eu tbm faria o mesmo por amor mesmo ficando claro pra todos que mulheres tem mais jeito para plantas e jardins! Iria preferir preservar minha parceira e assumir a bronca afinal o amor é uma flor. Viva o amor!

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