Polícia

Terça-Feira, 10 de Setembro de 2019, 12h30

ENVENENAMENTO

Justiça manda madrasta que matou enteada para presídio

YURI RAMIRES

Gazeta Digital

 

Jaira Gonçalves de Arruda, 42, teve a prisão em flagrante convertida para preventiva na tarde de segunda-feira (9), após audiência de custódia no Fórum de Cuiabá. Ela é apontada de envenenar a enteada Mirella Poliana Chue de Oliveira, 11, durante dois meses, resultando em sua morte no mês de junho.

Conforme as informações do delegado Wagner Bassi, da Delegacia Especializada de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente (Deddica), após a audiência, Jaira foi transferida para a penitenciária feminina Ana Maria do Couto May, onde fica à disposição da Justiça, que decretou sigilo no caso. 

Bassi disse ainda à reportagem que a acusada deve prestar depoimento nesta quarta-feira (11). Desde o momento da sua prisão, Jaira vem afirmando que não é a responsável pelo crime de envenenamento, conforme apontou laudos médicos. 

Conforme a polícia, a morte foi motivada por ambição, já que a menina receberia uma quantia de R$ 800 mil de indenização pela morte da mãe, que ocorreu após o seu nascimento em uma unidade de saúde de Cuiabá por erro médico. 

A menina passou dois meses com vários problemas de saúde. Chegou a ficar internada dezena de vezes, até que chegou morta no hospital em 14 de junho. O laudo da morte só veio após exames do Laboratório Forense, após uma Pesquisa Toxicológica Geral, que apontou presença de veneno no sangue de Mirella. 

O veneno foi identificado como um pesticida extremamente tóxico que pode provocar intoxicação crônica ou aguda e até a morte. Delegado Wagner, ao lado do titular da Deddica, Francisco Kunze, explicaram que as investigações apontam para a madrasta, mas que o pai também será investigado. 

“Notamos que a menina era envenenada a conta gotas, ou seja, ela ia dando um pouquinho do veneno, para não aparecer, porque chega no hospital, a criança está passando mal, morre de causa indeterminada por alguma infecção, pneumonia, meningite, como muitas vezes suspeitaram”.

 

Comentários (1)

  • Ggm  |  10/09/2019 17:05:04

    Com exames nas primeiras internações poderiam ter evitado essa barbárie.

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