O tutor do pitbull que matou uma cadela e feriu um homem em Barra do Garças, a 516 km de Cuiabá, foi liberado após audiência de custódia pagamento fiança de R$ 800, nesta quinta-feira (3). Ele havia sido preso em flagrante e é investigado por lesão corporal, omissão de cautela na guarda do animal e maus-tratos.

No vídeo registrado nessa quarta-feira (2) é possível ver a cachorra mesmo já morta sendo atacada e sacudida pelo animal e a mão do morador ferida e com marcas de mordida.

Conforme apurado pela reportagem o homem que havia sido detido após a inspeção da a Secretaria Municipal de Saúde e Meio Ambiente identificou indícios de maus-tratos ao animal, mas foi liberado após o pagamento da quantia estipulada pela autoridade policial.

“Já é a terceira vez que ataca e agora atacou uma pessoa. Matou a cachorra e ‘tá’ atacando aqui direto”, diz o morador no vídeo.

Segundo a Polícia Militar, o animal escapou por negligência do dono, já que a porta de entrada da residência não estava trancada, estando apenas o portão amarrado com um fio de plástico.

O pitbull atacou uma cadela, que morreu no local, e também feriu um homem de 56 anos que tentou contê-lo. Agentes que atenderam a ocorrência tentaram controlar o animal com gás lacrimogêneo, mas não obtiveram sucesso. Diante da resistência, foi necessário o uso de uma pistola taser para que ele largasse a cadela e retornasse para dentro da residência.

O morador que teve ferimentos graves na mão direita foi socorrido pelo Corpo de Bombeiros e levado até uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA).

O que diz a lei

Uma lei municipal de 2006 estabelece regras específicas para a circulação de cães de raças consideradas potencialmente agressivas em espaços públicos. De acordo com a legislação, animais como pitbulls e outros com histórico ou comportamento agressivo só podem circular pelas ruas utilizando obrigatoriamente coleira, guia curta e focinheira.

A norma visa prevenir acidentes e ataques, principalmente em locais de grande movimentação, como praças, calçadas e parques. Em caso de descumprimento, os tutores podem ser advertidos, multados e até ter o animal recolhido pelas autoridades competentes, a depender da gravidade da infração.

A fiscalização cabe aos órgãos de vigilância sanitária e ao centro de controle de zoonoses do município, que também orientam a população sobre posse responsável de animais.