O criminoso que mandou sequestrar e matar o jogador de futebol Willian Sant’Ana, em 16 de setembro de 2021, e também ordenou a execução de quatro trabalhadores maranhenses, ocorrida no bairro Adriano Leitão, em 16 de dezembro do mesmo ano, foi identificado. Trata-se de Fernando dos Santos Souza, conhecido como ‘Boquinha’, ‘Rondônia’ e ‘Mano Zé’.

Boquinha foi preso durante uma ação integrada na última sexta-feira (18), em Cuiabá. Ele é um dos criminosos mais perigosos em atividade em Mato Grosso.

A ação da Polícia Civil, por meio da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos de Sinop (Derf) e da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), contou com o apoio do Núcleo de Inteligência da Delegacia Regional de Sinop, Diretoria de Inteligência da Polícia Civil, do Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer) e da Delegacia Especializada de Repressão a Narcóticos (Denarc) de Cuiabá. Boquinha possuía cinco mandados de prisão em aberto por homicídio, tráfico de drogas e organização criminosa.

Ele vinha utilizando documentos falsos para escapar da captura e continuava operando ilegalmente, mesmo foragido. O monitoramento feito pela Polícia Civil identificou que Fernando passou um período escondido na favela da Rocinha, no Rio de Janeiro, e depois fugiu para a Bolívia, onde manteve contato com integrantes da facção criminosa a qual pertence.

O investigado é apontado como mandante de duas execuções brutais ocorridas em Sinop. A primeira é o sequestro e homicídio do jogador de futebol Willian Sant’Ana, em 16 de setembro de 2021.

A segunda, uma chacina envolvendo quatro trabalhadores maranhenses, ocorrida no bairro Adriano Leitão, em 16 de dezembro do mesmo ano. As vítimas foram executadas após serem consideradas "inimigas" da facção.

Além dos homicídios, Fernando era responsável pelo fornecimento de grandes quantidades de pasta base de cocaína para a região norte de Mato Grosso, consolidando sua posição como um dos principais traficantes ligados à facção que pertence no Estado. A Polícia Civil reforça seu compromisso com o combate incessante às organizações criminosas, com foco na prisão de lideranças, bloqueio e sequestro de bens, e ações de asfixia financeira, sempre com o suporte de investigações qualificadas e integradas, visando enfraquecer as estruturas das facções criminosas em Mato Grosso.