Polícia

Terça-Feira, 04 de Março de 2014, 09h46

Mulher e filho seguem presos em presídio de Mato Grosso

Da Redação

Uma criança com 2 dias de vida vai ser aceita provisoriamente na Penitenciária Feminina Ana Maria do Couto May, depois que a Justiça negou à mãe a manutenção do regime de prisão domiciliar. Rozenil Marques, 43, foi presa no último mês de gestação tentando levar drogas para o companheiro em uma unidade prisional da Capital.

Cerca de 450 gramas de pasta-base de cocaína foram retiradas do órgão genital dela. Mas a permanência na unidade é provisória e na quarta-feira (5) a direção deve recorrer à direção do Sistema Prisional do Estado para a retirada do bebê do local.

Segundo Carla Patrícia Oliveira, diretora-adjunta da unidade, devido à falta de condição estrutural, nenhuma criança é mantida dentro da unidade e a exceção só ocorreu em decorrência do feriado prolongado. Atualmente, existe apenas uma presa gestante no local.

Gestante de 9 meses, Rozenil foi presa na terça-feira (25), ao ser flagrada com a droga no Centro de Ressocialização de Cuiabá (CRC). Como já existe recomendação do Ministério Público (MPE) de que presas com gestação acima dos 6 meses não sejam recebidas na unidade, o advogado entrou com um pedido de prisão domiciliar.

Mas o magistrado Francisco Alexandre Ferreira Mendes Neto, que atua na Vara Especializada de Entorpecentes, negou a medida e justificou que a acusada já tinha sido beneficiada pela prisão domiciliar em outubro. Ao ser presa novamente por tráfico “evidencia seu descaso com as decisões judiciais”.

Após dormir 3 noites em cela da Central de Flagrantes, foi removida na noite de sexta-feira para o Hospital Geral Universitário, por determinação judicial. Ao meio dia de sábado, em uma cesariana, nasceu o filho, um menino pesando 3,9 quilos.

Na manhã de segunda-feira ela recebeu alta médica e depois de passar por exames de praxe, no Instituto Médico Legal (IML), seguiu para a penitenciária. Este é o quarto filho de Rozenil, que admitiu que iria receber “metade” do valor da droga para servir como “mula”.

Ainda quando estava na Central de Flagrantes, se disse arrependida.O destino da criança ainda preocupa a família.

A filha mais velha, P.M., 20, disse que não tem condições de ficar com o bebê. Alega que está desempregada e que mora com uma prima de 23 anos e outro irmão de 11 anos, que teve que assumir depois da prisão da mãe. Alegou, inclusive, que iria começar um trabalho e teve que faltar por ter que ficar com a mãe no hospital.

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