Um faccionado do Comando Vermelho (CV-MT), identificado como Henrique Aquino dos Santos, que extorquiu comerciantes em Rondonópolis (a 215 km de Cuiabá) e já movimentou R$ 500 mil para a facção, foi preso nesta sexta-feira (14) no município. A namorada dele tentou tumultuar a detenção.

Conforme o boletim de ocorrência da Força Tática da Polícia Militar, durante patrulhamento na Rua João Paulo, no bairro Dom Oscar Romero, um homem, ao avistar a viatura tática, correu e entrou em um veículo Polo de cor branca, e jogou alguns objetos por cima de um portão e, em seguida, tentou pular o muro da residência. Os policiais deram ordem de parada, mas ele estava alterado.

Mesmo contido, tentou reagir e ainda gritou para as pessoas que estavam dentro da casa, que tentaram atrapalhar a ação policial. Foi dada a ordem para que as pessoas se afastassem, sendo que uma delas se identificou como namorada do suspeito e junto com ela estava a mãe.

Após a contenção do suspeito, ele entregou um documento de identidade em nome de outra pessoa, antes mesmo de a equipe policial pedir. Durante a entrevista, o suspeito informou que pertence a uma organização criminosa e que havia jogado dois celulares, sendo um iPhone e um Samsung.

A equipe recolheu os celulares e confirmou as informações. Ainda durante a entrevista, ele revelou que usa os aparelhos para aplicar golpes por meio do OLX e a "caixinha" de comerciantes, típico de extorsão, e que o Polo é usado como transporte (correria) para os valores extorquidos das vítimas e saques em caixas eletrônicos.

Ele também informou que, somente nos dois primeiros meses do ano de 2025, já havia movimentado mais de meio milhão. Depois disse se chama Henrique Aquino dos Santos, e que estava usando uma identidade falsa, porque havia dois mandados de prisão em seu desfavor.

Durante a checagem, constatou-se que um mandado era de Rondonópolis e o outro de Cuiabá. O faccionado possui passagens por promover ou constituir organização criminosa, tráfico de drogas, associação para tráfico de drogas e porte ilegal de arma de fogo.

O caso foi entregue à Polícia Civil.