Sexta-Feira, 17 de Setembro de 2021, 15h05
ARRASTÃO FATAL
PC "caça" contador suspeito de liderar quadrilha que matou advogado em MT
Defesa de João Zuffo critica operação; contador é considerado foragido
LETICIA KATHUCIA
Da Redação
O empresário João Zuffo é um dos alvos de uma operação deflagrada pela Polícia Civil realizada na manhã desta sexta-feira (17). Os mandados foram cumpridos no escritório de contabilidade do empresário, em Rondonópolis (212 km de Cuiabá).
Ele é suspeito de ser o chefe de uma organização criminosa que durante um roubo matou o advogado João Anaídes Neto em julho deste ano. De acordo com o delegado de Juscimeira, Ricardo Franco, o crime foi praticado por um grupo de oito pessoas, em tese chefiadas pelo empresário.
Foram três grandes roubos às residências, sendo que, no último deles, ocorreu um latrocínio. De acordo com o delegado regional de Polícia Civil, Thiago Damasceno, as investigações detalham a participação de cada um dos envolvidos. "Já temos provas documentais, interrogatórios e perícias que evidenciam a participação e papel de cada envolvido na organização criminosa", afirmou o delegado.
Entre eles, está o caseiro do rancho onde ocorreu o crime. Ainda segundo as investigações, as provas e evidências apontam que está documentada a participação do empresário como líder da organização responsável por assaltos a imóveis rurais na região Sul do Estado.
O suspeito é considerado foragido, sendo intimado várias vezes para ser ouvido. Porém, ele sempre alega estar doente e não comparece.
Três pessoas já estão presas e há mandados de prisão expedidos para os demais, inclusive para o contador. "Fizemos várias tentativas de tomar depoimento do contador antes da expedição do mandado, mas como não tivemos êxito também não tivemos saída, a partir de agora ele é considerado um foragido da justiça”, disse Thiago.
OUTRO LADO
Por meio de nota, a defesa do contador João Zuffo criticou a operação da Polícia Civil. Disse que a suspeita de participação no arrastão que culminou com a morte de João Anaídes recai sobre um funcionário do escritório de contabilidade e que ele se colocou a disposição para colaborar com os investigadores.
Os advogados também apontam abuso de autoridade pela Polícia Civil. "Ocorre que, sem elementos constitutivos, João Zuffo passou a ser alvo da investigação, somente por ser patrão do suposto investigado", diz trecho da nota.
NOTA PÚBLICA
A assessoria jurídica do empresário João Fernandes Zuffo, da Zuffo Assessoria Contábil, em Rondonópolis (MT), vem a público repudiar a operação deflagrada pela Polícia Judiciária Civil, na sede da empresa do Sr. João, na manhã desta sexta-feira (17), a qual consideramos arbitrária e abusiva.
Esclarecemos que um funcionário de João Zuffo é investigado por suposta participação no assassinato de um advogado, em Juscimeira, em julho de 2021, e em razão disso, João Fernandes Zuffo se colocou à disposição da PJC para colaborar com as investigações.
Ocorre que, sem elementos constitutivos, João Zuffo passou a ser alvo da investigação, somente por ser patrão do suposto investigado. De pronto, a fim de resolver essa situação de maneira célere, seus advogados foram até a Delegacia de Polícia Civil para obterem cópia do procedimento, sendo negado pela Autoridade Policial, caracterizando o delito descrito no artigo 32 da Nova lei de Abuso de autoridade (13.869/2019).
A cópia do procedimento somente foi fornecida três semanas após solicitado. Além disso, consta apreendido na Delegacia de Polícia de Juscimeira - MT, veículo de propriedade do senhor João Zuffo, veículo no qual já foi submetido a perícia e não há nenhuma necessidade de ali permanecer. Porém, como as práticas abusivas não cessam, a Autoridade Polícia, mesmo tendo um pedido de restituição formal em suas mãos, nega qualquer despacho ou a restituição.
É inconcebível que após mais de 60 dias do fato trágico que levou a óbito o advogado no lago de Juscimeira, acreditar que uma diligência de busca e apreensão resolveria o caso em tela. Essa atitude somente serviu para manchar a imagem da pessoa que sempre se prontificou em ajudar a cooperar com as investigações e não tem participação nenhuma com o crime investigado.
Além disso, um dos advogados de João Zuffo foi impedido de acompanhar a diligência de busca e apreensão. Conforme termo juntado no próprio inquérito, uma testemunha relata a prática de tortura psicológicas a fim de se obter "a verdade real". É deste modo que o Estado trabalha e exerce suas funções?
Reforçamos que o empresário possui endereço físico há mais de 30 no município de Rondonópolis, tendo reputação conhecida e serviços filantrópicos prestados à comunidade, condecorado com inúmeros títulos e beneméritos de várias entidades.
João construiu sua carreira sólida no Município de Rondonópolis - MT e não precisaria, em hipótese alguma, formar quadrilha para praticar roubos, tampouco contra seus próprios amigos e vizinhos de rancho. Todos os bens de João Zuffo são de fácil comprovação, oriundos de seu excelente trabalho, porém, como dito acima, a Autoridade Policial não possui essas informações, pois, pratica, a todo instante, cerceamento de defesa do senhor João Zuffo.
Ademais, as devidas providências já estão sendo tomadas e a Corregedoria da Polícia Civil foi acionada.
Bruno Balata e Douglas C. A. Lopes – Advogados.
Dorceu cruz | 17/09/2021 18:06:28
Todos do "BRAZIL ACIMA DE TODOS" ??
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