O policial militar Ricker Maximiano de Moraes, 33, foi indiciado por feminicídio após a conclusão do inquérito policial, na manhã desta quarta-feira (4). Ele está preso desde o dia 26 de maio, quando se entregou um dia depois de matar a esposa Gabrieli Daniel de Sousa, 31, no Praerinho, em Cuiabá. O caso aguarda agora a conclusão do relatório, que será encaminhado ao Ministério Público do Estado (MPMT), que ofertará a denúncia contra o acusado.

Como já noticiado pelo GD, Ricker está preso no Batalhão de Operações Especiais (Bope) desde que matou a esposa com 3 tiros, sendo um na cabeça, um na barriga e outro na perna. Após o crime, ele levou os dois filhos do casal, de 3 e 5 anos, para a casa do pai, em Cuiabá. Lá, ele deixou o carro utilizado na fuga e a arma do crime. Polícia Militar chegou antes do local, pegou a arma. Durante seu depoimento, o policial ficou em silêncio e teve sua prisão convertida para preventiva durante audiência de custódia.

Na tarde de segunda-feira (2), os familiares de Gabrielli conseguiram na Justiça a guarda provisória por 180 dias dos filhos da vítima, de 5 e 3 anos. As crianças, que estavam na casa dos avós paternos, chegaram a visitar o pai no batalhão, sendo convencidos de que ele estava trabalhando. Os avós contaram às crianças que a mãe estaria “viajando”. Elas não participaram de seu velório.

“Essa foi a nossa primeira batalha vencida e vamos vencer a outra. Ele vai ser julgado e condenado, em nome de Jesus, ele vai pagar por tudo que ele fez. Eu acredito que se minha filha soubesse que eu tive a guarda provisória, que eu tenho fé em Deus que será permanente, ficaria feliz porque ela não queria que os filhos continuassem no lar que estavam”, disse a avó materna das crianças, Noemi Daniel, na noite dessa terça-feira (3), em frente ao Fórum de Cuiabá.