Polícia

Terça-Feira, 03 de Dezembro de 2024, 14h38

ALVOS DO GAECO

Sesp abrirá processos contra servidores ligados ao CV na PCE

Eles são suspeitos de permitir que o CV comandasse um mercadinho dentro do presídio

ALEXANDRA LOPES

Da Redação

 


 

A Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesp) informou que está abrindo um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) contra agentes públicos que trabalham na Penitenciária Central do Estado (PCE), em Cuiabá, e são suspeitos de terem ligação com a facção criminosa Comando Vermelho de Mato Grosso.

A medida foi adotada após a deflagração da operação Nexus, do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), que cumpriu cinco mandados de busca e apreensão, sendo quatro em residências e um na Associação dos Servidores da Penitenciária Central (Aspec), na manhã desta terça-feira (3). No entanto, a Sesp não divulgou nomes e nem quantos servidores serão alvos de PAD. 

Conforme o Gaeco, a operação busca arrecadar documentos que comprovem vínculos de transações financeiras e enriquecimento ilícito. Segundo o Gaeco, apesar de a Associação não possuir capital social, movimentou, entre o período de 18 de agosto de 2019 a 3 de julho de 2023, mais de R$ 13 milhões.

Vale ressaltar que o Gaeco cita ainda que  Sandro da Silva Rabelo, o  “Sandro Louco”, apontado como o "número um" do CV em MT, preso em outro processo, em seu interrogatório, teria vinculado uma cantina/mercadinho que funciona dentro da Penitenciária Central do Estado (PCE)  à facção. 

O criminoso disse que o estabelecimento possibilitava a circulação de mercadorias e capitais de maneira autônoma pelos líderes faccionados. Sugeriu também a ocorrência de movimentação milionária de dinheiro em espécie no local, sem qualquer fiscalização, por servidores públicos investigados e reclusos da unidade prisional, e que toda a verba transacionada era relacionada à Aspec.

Em meio à repercussão da operação Nexus, a Sesp que é comandada pelo coronel Cesar Roveiri, ressaltou que a operação vem ao encontro das medidas adotadas pelo Governo de Mato Grosso, a partir da implantação do Programa Tolerância Zero ao Crime Organizado, lançado no último dia 25 de novembro.

Além disso, frisou que a Sesp já realiza operações continuadas dentro das unidades prisionais, visando a apreensão e proibição da entrada de celulares e outros produtos ilícitos.

Na Penitenciária Central do Estado (PCE), foco da operação do Gaeco, a Sesp deu início a uma série de medidas que incluem, além de operações de busca e varredura, a troca da equipe de direção e mudanças nos procedimentos de acesso à unidade.

Comentários (6)

  • Socorro |  04/12/2024 07:07:53

    Na cadeia pública de Alta Floresta a direção e administrativo assim como um plantão inteiro já foi batizado pelo c.v . Se o governo quer realmente acabar com esses nichos de servidores que ganham salário do estado e do comando deveria investigar essa cadeia em especial. Pois já estão a muito tempo colaborando com a facção. Basta investigar junto as inteligências da PM E PJC pois estes dois órgãos sempre estiveram à par de tudo.

  • ISSO OCORRE A ANOS.  |  04/12/2024 01:01:29

    Só agora estão agindo? No meio jurídico é do conhecimento de todos, há anos.

  • Era para estarmos chocados? |  03/12/2024 21:09:12

    Descobrindo agora que o crime organizado NUNCA vai ser combatido pq agentes da segurança pública estão e SEMPRE estiveram envolvidos com esses criminosos. Isso chega a ser cômico.

  • Cuiabana  |  03/12/2024 18:06:30

    Na Penitenciária Feminina Ana Maria do Couto May, acontece a mesma coisa, o mercadinho está deixando servidores ricos, vamos bater la também Gaeco

  • SOLANGE GOMES SOUSA |  03/12/2024 15:03:59

    SERà QUE É POR ISSO QUE UM DESSES ENVOLVIDOS MONTOU UM BAR FAMOSO NO CPA..UM TAL DE BORA..SEI ONDE...É MUITO DINHEIRO NÉ... VERGONHA ESSE SISTEMA PENITENCIARIO DO MT... COM A PALAVRA A POLICIA...VAMOS INVESTIGAR..TEM MUITAAAA..MAIS MUITA PARA SER INVESTIGADO AINDA...

  • Luiz |  03/12/2024 14:02:38

    Não é só na pce. Na penitenciária de Rondonópolis funciona da mesma forma, seria bom se o GAECO investigasse também.

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