Uma porteira de 23 anos denunciou ter sido agredida pelo morador de um condomínio em Cuiabá após o sistema de segurança não liberar a entrada dele no prédio. De acordo com o boletim de ocorrência, o homem se exaltou diante da negativa e ameaçou a jovem de morte caso ela chamasse a polícia.

A vítima registrou boletim de ocorrência no dia 2 de junho. A Polícia Civil informou, nesta sexta-feira (13), que o caso foi encaminhado para a 3ª Delegacia de Polícia de Cuiabá e será investigado. Por se tratar de crime que depende de representação criminal, a polícia disse que os detalhes não serão passados para não atrapalhar as investigações.

Ao g1, o morador afirmou que entregou ao condomínio todos os documentos necessários para o cadastro. Ele contou que no dia do fato saiu para comprar remédios para a mulher que estava acamada devido a uma lesão na vértebra, e que quando voltou foi impedido de entrar.

“A pessoa [porteira] abriu a primeira porta e, quando entrei, fiquei preso. Até que a pessoa resolveu abrir. Fui até a portaria e comecei a questionar o ocorrido, tendo muita discussão [...] A atendente é pessoa muito nova e provavelmente sem experiência”, relatou.

Conforme o registro feito na polícia, a funcionária recebeu uma ligação da esposa do morador, pedindo a liberação dele na portaria. A vítima disse que explicou à mulher que, devido às novas normas do condomínio, ele deveria fazer o cadastro para ser liberado.

A funcionária contou ainda que, após ser ameaçada, decidiu liberar o suspeito, mesmo sem o cadastro. No entanto, ao entrar, o homem se dirigiu até ela e teria deferido dois socos no rosto da vítima.

Câmeras de segurança registraram o momento em que o morador discute com a funcionária do lado de fora do condomínio. Após entrar no prédio, é possível ver ainda que ele tenta invadir a cabine da portaria, mas é impedido (assista acima).

“Estou sem chão. Por mais que ele fosse morador, são as normas que são passadas pra gente e temos que cumprir, então faltou compreensão da parte dele e educação, bom senso, faltou tudo. Como que um ser humano não entende o trabalho que a gente está fazendo e não entende as normas que a gente segue?”, disse a vítima ao g1.