O prefeito de Cuiabá Abilio Brunini (PL) informou que não foi procurado pelo governo do Estado e nem pela Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) para tratar de questões relacionadas ao futuro do Hospital Estadual Santa Casa de Misericórdia. O gestor da capital avaliou que não já demonstração de interesse em municipalizar a gestão da unidade hospitalar, mas se mostrou aberto diante da possibilidade, caso não restem alternativas para o espaço. O Estado já comunicou que pretende deixar a gestão da unidade assim que o Hospital Central ficar pronto, em setembro.

“A nossa intenção, a minha única intenção é que não feche a Santa Casa. Se vai ser o governo do Estado que vai tocar, se vai ser outra entidade que vai tocar, beleza, mas não feche a Santa Casa. A nossa disponibilidade, com todo mundo sabendo de todas as dificuldades e todos os problemas que tem lá, a nossa visão é que, se ninguém quiser tocar, a gente tá aqui para tocar”, disse em entrevista na segunda-feira (23). 

Apesar da já declarada disponibilidade de gerir o local para evitar o fechamento, não houve iniciativa para tratativas até então.

“Cada dia mais eu percebo que não há sinais de interesse do governo do Estado ou qualquer entidade de transferir a Santa Casa para o município. A gente percebeu que o governo vai auxiliar no processo de gestão do Hospital Geral, numa parceria com contratação direta, talvez o governo não vá fechar lá e vai continuar funcionando, talvez mudando a sua finalidade”, analisou.

Nas últimas semanas, médicos veteranos da Santa Casa têm mobilizado campanha a fim de sensibilizar parlamentares municipais e estaduais a adotarem medidas para evitar o fechamento do hospital, que é o mais antigo de Cuiabá e atende pacientes do estado todo.