Política

Quarta-Feira, 21 de Maio de 2025, 15h05

CONSIGNADOS

AL cita 2 mil denúncias e proíbe empresa de emprestar a servidores de MT

Capital Consig Sociedade é suspeita de armação financeira

Da Redação

 

Com a denúncia de taxas abusivas de juros e comprometendo financeiramente mais de 12 mil servidores públicos de Mato Grosso, o deputado estadual Wilson Santos (PSD) apresentou, nesta quarta-feira (21), durante sessão plenária, um Projeto de Decreto Legislativo que visa suspender os efeitos do convênio entre a Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag) e a empresa Capital Consig Sociedade de Crédito Direto S.A., autorizada a realizar consignações em folha de pagamento. A proposta, de caráter urgente e urgentíssimo, busca suspender todos os descontos em folha, preservar o erário público, assegurar o cumprimento das normas de defesa do consumidor e proteger os servidores de práticas abusivas e fraudulentas.

Na tribuna, o parlamentar teceu elogios ao governador Mauro Mendes (União) pela força tarefa em fazer uma análise criteriosa e rigorosa sobre a situação, como, também, aos sindicatos pela forma civilizada e urbana que conduziram essa questão. Ele informou que o secretário da Seplag, Basílio Bezerra, já proibiu através de decisão de sua pasta a realização de novos convênios de consignações em folha de pagamento dos servidores públicos estaduais para amortização de cartão de crédito consignado.

“Gostaríamos que o Parlamento aprovasse esse decreto legislativo sustando os efeitos deste convênio, para que cessem imediatamente os descontos até que toda a verdade venha à tona. São taxas abusivas de um banco suspeito de ligação com facção criminosa, sem autorização do Banco Central para operar como instituição financeira. Trata-se de um pseudo-banco, que sequer registra suas movimentações conforme determina o Conselho Monetário Nacional. Precisamos impedir que mais servidores sejam arrastados para esse verdadeiro redemoinho financeiro”, frisou Wilson Santos.

Após a apresentação da proposta, o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Max Russi (PSB), declarou apoio à medida. “Não é só a Capital Consig que possui denúncias. Existem outras instituições envolvidas, e precisamos de explicações. Estou assinando junto com Wilson Santos, pois o que nos foi repassado é preocupante e precisa ser investigado pela Assembleia Legislativa, pois diz respeito diretamente aos nossos servidores públicos”.

O deputado Júlio Campos (União) também declarou apoio à proposição. “Diante dos abusos e da corrupção contra os servidores, não tenho dúvidas de que este decreto precisa ser aprovado por unanimidade. Além da suspensão imediata, é necessário que a Assembleia crie uma comissão especial para investigar esse caso gravíssimo, especialmente porque essa empresa sequer é um banco”, discursou.

De acordo com informações levantadas por Wilson Santos, a Capital Consig não fornece cartão físico ou virtual, realiza operações via TED/PIX (chamadas de "tele saques") e induz os servidores a acreditar que estão contratando empréstimos tradicionais. A empresa também não entrega cópias dos contratos e mais de 2 mil denúncias foram registradas nos últimos seis meses.

O rendimento ilícito estimado ultrapassa 10% ao mês pela consignatária.

Comentários (5)

  • ESTRANHO ESSE GOVERNADOR  |  21/05/2025 20:08:13

    Na Verdade O Servidor esta Doente esta se Matando em prol do Serviço Público. E devido a IMENSA DEFASAGEM SALARIAL e NEM OS SEUS DIREITOS SÃO RESPEITADOS ex as RGAs O Servidor vai continuar em Bola de Neve AS facilidades para se endividar para pagar suas contas e colocar comida para sua Família esta cada dia mais difícil. Na verdade essa é um fato NACIONAL do Brasil inteiro seja SERVIDORES PRIVADO ou PÚBLICO. 2026 É AGORA.

  • Francisco Lopes Moreira |  21/05/2025 16:04:44

    Atenção, Assembléia Legislativa e Ministério Público de Mato Grosso!!! A "Farra dos Empréstimos" não para por aí. O BANCO DO BRASIL (BB) precisa ser urgentemente investigado... O correto a se fazer é suspender todos os Empréstimos Consignados, CDC's e outros... Investiguem - a fundo - todas as Folhas de Pagamento de Servidores que contraíram Empréstimos Consignados junto ao BB. Essa instituição bancária faz os referidos empréstimos e, após o Servidor não possuir mais margem para requerer um outro Consignado, o BB faz "disfarçadamente" um empréstimo pela modalidade de CDC, pois não constará na Folha de Pagamento do Servidor... Ocorre que o BANCO DO BRASIL libera esse CDC em data anterior ao Calendário de Pagamento do Estado de MT, acarretando sempre em atraso no pagamento do mesmo... Consequentemente, cobrança de juros... Há casos em que o BB enviou a referida dívida em atraso para o SERASA...

  • amorim siqueira |  21/05/2025 16:04:14

    Parabéns ao Senhor Deputados e o Governador, essa empresa CAPITAL CONSIG, A CLICK BANK já faz horas que estão fazendo mnobras com os servidores, e é vdd, não possui Cartão Físico e nem Virtual, existem servidores que contrataram com essas empresas acima, e fizeram emprestimos em 36x e 48 x, e com certeza, já foram pagas, e esses úniteis não deram baixas no sistema, os servidores perderam e muitos. Pois já fui vendedor de consignado e vi tudo isso, essa empresa da Consignatária tem que ser investigada também, por manobras, tem que saber quando um contrato novo entra e sai, porque não amorteceram os prazos.

  • FUNCIONARIO PUBLICO |  21/05/2025 15:03:07

    PARABENS A TODOS ENVOLVIDOS ESPERAMOS. QUE. SE FACA JUSTICA

  • Superendividado |  21/05/2025 15:03:00

    Fui entrevistado pela CGE via e-mail institucional e até hoje não obtive resposta se houve abuso das taxas. Entrei com processo na justiça e foi indeferido. Não sei mais o que fazer. Além dos descontos em folha (consignado) outros empréstimos ficam aprovisionado quando entra o salário no final do mês e a conta fica zerada.

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