Política

Domingo, 29 de Junho de 2025, 14h23

FANÁTICOS

"Barões do agro" em MT escapam de ações por financiar golpismo

Bedin e Galvan chegaram a ser investigados

PABLO RODRIGO

 

Na semana em que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, abriu a fase de alegações finais do processo contra o núcleo central da trama golpista no país, um relatório intitulado ‘agrogolpistas’ revela que os líderes do agronegócio de Mato Grosso, que atuaram e financiaram atos antidemocráticos, escaparam das ações penais concentradas pela Corte Suprema. Entre os principais nomes está do ex-presidente da Aprosoja Brasil, Antônio Galvan, e o ‘clã Bedin’, que segundo o levantamento das investigações participaram ativamente para financiar, mobilizar e levar caminhões para ficar em frente ao Quartel General em Brasília, onde se encontrava o acampamento que organizou os atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.

Antônio Galvan, surge na trama golpista em 2023, após um relatório da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) sobre o financiamento do agronegócio aos bloqueios de rodovias. O documento detalha a atuação do Movimento Brasil Verde e Amarelo, liderado por Galvan, que já era alvo de inquérito por apoiar atos antidemocráticos desde 2021.

O documento também inclui na lista dos agrogolpistas a família Bedin com dez membros arrolados entre os donos de caminhões estacionados no pátio do Exército, que eram utilizados em bloqueios de rodovias. Isso chegou a ser revelado durante a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro, quando o patriarca Argino Bedin foi depor sob acusação de ter sido um dos financiadores dos atos.

Na época, Bedin ficou em silêncio e chorou. De acordo com o relatório do Coaf encaminhado à CPMI, Roberta Bedin, filha de Argino, movimentou R$ 19,6 milhões entre 2021 e 2022.

Seu pai, R$ 1,9 milhão. “Segundo o relatório, os montantes tinham origem não identificada e sinalizavam que o dinheiro foi injetado em ações políticas”, diz trecho do documento.

Os dois estão na lista dos 43 empresários que tiveram as contas bancárias bloqueadas por suspeita de organizar e financiar atos antidemocráticos. Também aparece o primo Sérgio Bedin, que nas eleições de 2022 doou R$ 100 mil para a campanha de Bolsonaro à reeleição.

Outro primo, Luciano Bedin, depositou R$ 60 mil para o ex-presidente. “Outros seis membros da família figuram na lista de donos de caminhões encontrados no QG do Exército em Brasília: Rafael e Nilson Bedin, Ary Pedro Bedin e seu filho Evandro; além de Cristiane e Ângela Maria Bedin, sócias na Sorriagro Insumos Agrícolas”, completa o relatório.

 

Comentários (3)

  • Benedito Rubens  |  29/06/2025 21:09:31

    Passou vergonha de novo.

  • Véio de VG |  29/06/2025 18:06:25

    Esse ilustre golpista deveria estar na Papauda junto dos outros que foram apoiar golpe militar. Na CPMI ele não quis falar nada e até chorou com medo da cadeia e de ter os bens dele confiscados. Já que não foi punido, na próxima oportunidade certamente estará fazendo pior ainda.

  • Lula do 90 |  29/06/2025 17:05:54

    Mais uma vez a DIREITA flopou a Paulista. Sem anistia para os integrantes e simpatizantes da TRAMA GOLPISTA.

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