A Secretaria Extraordinária da Copa do Mundo (Secopa) autorizou aditivo de R$ 7 milhões para obras inacabadas. Trata-se do Centro Oficial de Treinamento (COT) da UFMT (Universidade Federal de Mato Grosso) que vai receber R$ 2,154 milhões, o que vai elevar o valor da obra de R$ 17,3 milhões para R$ 19,5 milhões. 

Do outro lado, o Centro Oficial de Treinamento da Barra do Pari em Várzea Grande, orçado atualmente em R$ 26,8 milhões, recebeu aditivo contratual de R$ 4,875 milhões e saltou para estratosféricos R$ 31,7 milhões. 

O aditivo contratual foi disponibilizado no Diário Oficial do Estado (DOE) que circulou nesta sexta-feira (15). Os valores não foram divulgados, mas confirmados pela assessoria de imprensa da Secopa. A justificativa para o acréscimo na despesa das obras é a necessidade de “revisão dos projetos”. 

As duas obras enfrentaram greves e protestos de trabalhadores por conta de más condições de trabalho e irregularidades trabalhistas. Em outubro de 2013, o COT da UFMT recebeu dois aditivos, um de valor e outro de prazo. O primeiro reajustou o valor da obra em R$ 1,349 milhões e o segundo estendeu seu prazo de execução para abril de 2014. 

Por outro lado, o COT da UFMT recebeu reajuste de preço de R$ 1,7 milhões com o prazo de execução foi estendido em 122 dias. Em abril de 2014, mais um aditivo, desta vez de 123 dias e cujo prazo de execução se encerra também no dia 31 próximo.  

Agora, as empreiteiras reivindicam novo prazo para conclusão das obras, o que depende de aval da equipe técnica da Secopa.

A conclusão de ambos os centros de treinamento, mesmo constando na matriz de responsabilidade do governo do Estado junto a FIFA, não ficou pronto em tempo hábil. Por conta disso, das 8 seleções que disputaram partidas na Arena Pantanal, somente as equipes de futebol da Nigéria e Coreia do Sul treinaram levemente no centro de treinamento da UFMT.  

O TCE (Tribunal de Contas do Estado) exigiu em medida cautelar a entrega das obras até o final de maio. No entanto, o prazo não foi cumprido. As obras são tocadas por consórcios de empreiteiras liderados pela Engeglobal Construções LTDA.

A empreiteira também é responsável pelas obras da reforma e ampliação do Aeroporto Internacional Marechal Rondon em Várzea Grande, que também segue inacabada, embora inicialmente prevista para ser concluída antes da abertura dos jogos da Copa do Mundo.